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Investidor se atenta à ata da reunião do BC dos EUA
Documento pode apontar
o futuro dos juros no país
DA REPORTAGEM LOCAL
A ata da última reunião do
Fed (Federal Reserve, o banco
central dos EUA), que será divulgada amanhã, será provavelmente o evento mais relevante
para o mercado financeiro nos
próximos dias.
Esse documento é acompanhado com atenção porque traz
detalhes sobre os motivos que
levaram os dirigentes do Fomc
(comitê do Fed que define os
juros) a reduzir a taxa básica
norte-americana para 4,5%
anuais, no encontro realizado
no fim de outubro.
Como ainda há muitas incertezas entre analistas e investidores em relação ao próximo
passo que o Fomc dará, a ata
pode influenciar os mercados,
que esperam sinais sobre se os
juros podem voltar a cair na
reunião de dezembro.
"As atenções deverão ficar
voltadas para a ata do Fomc,
que será divulgada na terça-feira e deve contribuir para a
construção dos prognósticos,
podendo colaborar para a manutenção da cautela nos mercados norte-americanos", comenta a corretora Coinvalores.
Para os ativos de maior risco,
como ações e títulos de países
emergentes, taxas de juros menores nos EUA são uma notícia
importante.
Nesse cenário, investidores
internacionais tendem a trocar
parte de suas aplicações em títulos do Tesouro americano,
que passam a render menos,
por aplicações mais arriscadas
e rentáveis.
A próxima reunião do Fomc,
a última do ano, está programada para ocorrer no dia 11 de dezembro.
Feriados podem atrapalhar
um pouco as operações nesta
semana. Amanhã, há o feriado
do Dia da Consciência Negra
em São Paulo. E, na quinta-feira, é Dia de Ação de Graças nos
Estados Unidos.
Na sexta-feira passada, por
exemplo, os pregões espremidos entre o fim de semana e o
feriado da Proclamação da República (15) encolheram as
operações no mercado de câmbio e favoreceram a alta do dólar -que registrou valorização
de 0,75% na sexta e terminou
vendido a R$ 1,747.
Novos dados do setor imobiliário norte-americano também estão na agenda e podem
mexer com os mercados.
Entre hoje e quarta-feira, vão
ser divulgados dados referentes
à construção de casa novas, licenças para construção de imóveis e solicitação de empréstimos hipotecários feitos pelos
norte-americanos.
"A agenda americana da semana apresenta poucos mas
importantes indicadores, como
novos dados do setor imobiliário e o índice de confiança do
consumidor do país", diz a
Coinvalores.
No Brasil, a agenda econômica está bastante esvaziada nesta semana. Os investidores terão na sexta a divulgação do IPCA-15, que é uma prévia do índice de preços que o Banco
Central utiliza para monitorar
sua meta de inflação.
Se o IPCA-15 vier comportado -o mercado estima que a taxa marque elevação em torno
de 0,20%-, os investidores e
analistas podem começar a discutir as chances de o Copom
(Comitê de Política Monetária)
voltar a reduzir a taxa básica de
juros no começo de 2008. Para
este ano, apesar de ainda haver
uma reunião do Copom, ninguém conta com a possibilidade de a taxa Selic voltar a ser reduzida.
O Copom interrompeu em
seu último encontro o processo
de cortes da Selic, que está em
11,25% anuais. As pesquisas feitas pela autoridade monetária
com as instituições financeiras
apontam que a expectativa é
que a Selic permaneça nesse
patamar até o fim do ano. Para
dezembro de 2008, as projeções mostram que a previsão é
que a taxa esteja em 10,25%.
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