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Mercado Aberto
guilherme.barros@uol.com.br
BNDES concede 20% de reajuste salarial
Em meio a discussões de cortes dentro do governo para
compensar o fim da CPMF, o
BNDES concedeu, há poucos
dias, um reajuste salarial de
20% para os funcionários contratados a partir de 1998 pelo
banco, o que corresponde a
quase a metade do seu quadro
de cerca de 2.000 funcionários.
A outra parcela recebeu um aumento de 6%, previsto pelo dissídio dos bancários.
O aumento de 20% faz parte
da política do atual presidente,
Luciano Coutinho, de equiparar os salários dos técnicos que
chegaram ao banco depois de
1998 aos antigos. A partir dessa
data, o BNDES mudou a política salarial de tal forma que acabou promovendo uma discrepância muito grande de salário
entre os técnicos antigos e os
novos.
O BNDES é considerado uma
das instituições do Estado que
mais bem pagam os seus funcionários. O salário inicial de
um economista no banco gira
em torno de R$ 6.500.
A principal razão que fez com
que Luciano Coutinho concordasse em conceder esse aumento de 20% foi certamente o
fato de que, nos próximos três
anos, cerca de um terço do quadro de funcionários do BNDES
irá se aposentar. São técnicos
bastante experientes e com alto
grau de qualificação.
O objetivo de Coutinho é
manter e atrair técnicos para
substituir esse grande contingente de pessoas que vão se
aposentar. O BNDES também
está preparando o lançamento
de um concurso para a possível
contratação de novos funcionários.
Desde que assumiu o
BNDES, em maio, Coutinho
promove uma série de mudanças internas na estrutura do
banco para torná-lo mais ágil.
Está em elaboração, por exemplo, um novo plano de carreira
no banco que vai instituir um
regime de promoções com base
na "meritocracia", e não mais
por tempo de trabalho.
Apesar de controlado pelo
Estado, o BNDES registrou um
lucro de R$ 7,3 bilhões até setembro, superior ao do Bradesco e ao do Itaú.
opinião
"Há um escarcéu com a inflação de demanda"
De Octavio de Barros, diretor de pesquisas macroeconômicas do Bradesco:
"Muitas críticas são feitas
aos que alegam que, se tirássemos o item "alimentação"
do IPCA, o índice estaria correndo a 2,90% nos últimos 12
meses terminados em novembro.
OK, realmente não é justo
retirar alimentação, afinal
todo mundo come. Mas então, para sermos justos, vamos calcular o IPCA retirando apenas dois produtos que
sofreram inequívocos choques de oferta em 2007: feijão e leite.
Conheço muita gente que
nem toma leite nem come
feijão. Ninguém venha dizer
que esses dois produtos vêm
sofrendo uma forte pressão
de demanda. O feijão, que
por sinal terá aumentado
140% em 2007, vem perdendo importância no prato do
brasileiro, segundo a Embrapa [Empresa Brasileira de
Pesquisa Agropecuária].
Pois é: o IPCA nos 12 meses terminados em novembro atinge 3,66% sem esses
dois itens apenas. Se todo
mundo fosse vegetariano então, não consumindo carne, a
inflação estaria em 3,42%.
Em outras palavras, todo
cuidado é pouco com a inflação e o Banco Central tem
que ficar em vigilância permanente. É isso que esperamos dele.
Mas que tem muita gente
fazendo um escarcéu com a
tal inflação de demanda, isso
tem. Estamos todos surpresos com a demanda, é verdade. Ninguém pode negar.
Mas deveríamos estar igualmente surpresos com a expansão da oferta, dos investimentos e da produtividade,
que estão literalmente bombando".
MAMMA MIA
A marca de moda italiana Miss Sixty encerra 2007 com
planos de expansão em 2008. A idéia é trazer ao Brasil calçados e acessórios da grife que ainda não eram comercializados no país -e em nenhum outro da América Latina-, além
da nova marca do grupo, a Killah, que é voltada ao segmento
de mulheres mais jovens. "Os italianos apostam no mercado
brasileiro, sempre aberto a novidades", diz Sonia Ferrari, diretora do grupo Miss Sixty no Brasil. O grupo também deverá expandir territorialmente, com franquias no Shopping
Bourbon Pompéia, em SP, e outras duas fora do Estado
-uma em Curitiba e outra em Belo Horizonte. A Miss Sixty
está presente no Brasil desde 2003.
SETE DÍGITOS
A Volkswagen Caminhões
e Ônibus anuncia hoje seu
maior investimento em cinco anos. Será uma ampliação
na fábrica de Resende (RJ).
O investimento deve alcançar a casa de sete dígitos.
CADEIRAS
O escritório Machado,
Meyer, Sendacz e Opice terá,
a partir de janeiro, três novos sócios: Flavio Roberto
Penteado Meyer, Eliana
Ambrósio Chimenti e Camila Galvão Anderi Silva.
DOCE LAR
Em novembro, os financiamentos para a casa própria com recurso do FGTS
na Caixa somaram R$ 523,3
milhões em programas no
âmbito do PAC. São 16,8 mil
contratos para famílias de
baixa renda. O valor contratado no mês é 19% superior à
média mensal de janeiro a
outubro.
COMPUTADOR
A fabricante nacional
Syntax lança sua primeira linha de notebooks.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
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