DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Com o sucesso do primeiro dia do leilão de faixas de freqüência para as operadoras de celulares oferecerem serviços 3G, a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) já fala em licitar nova faixa no ano que vem. No próximo leilão, em vez de quatro faixas por área, deverá ser licitada apenas uma.
"Se as empresas pedirem, vamos licitar", disse o superintendente de Serviços Privados da agência reguladora, Jarbas José Valente.
O superintendente afirmou não ter se surpreendido com a atuação agressiva da Nextel na licitação. "Eles já vinham nos pedindo faixas de freqüência", disse Valente.
Segundo ele, a intenção da empresa é montar um "corredor" de serviços de suporte a empresas de logística (transporte) de norte a sul do país. "Esses serviços seriam de segurança, como rastreamento de cargas", disse Valente.
Segundo ele, os ganhos com a oferta desses serviços com a tecnologia 3G (que permite até download de mapas no celular) para empresas de logística iriam compensar os investimentos que a Nextel teria que fazer para cumprir as metas de universalização (oferecimento de telefonia celular) para a população em geral.
No leilão da última faixa de freqüência na área 1 (Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia e Sergipe), a Nextel travou um duelo com a Claro, no qual os ágios foram subindo sucessivamente.
No penúltimo lance, a Nextel chegou a oferecer ágio de 255,59%, o que levou a Claro a ter que pagar R$ 612 milhões por uma faixa de freqüência cujo preço mínimo foi determinado pela Anatel em R$ 163,669 milhões: ágio recorde de 273,92%, ou quase quatro vezes o preço mínimo.
O dinheiro arrecadado com o leilão, cujo pagamento poderá ser parcelado, será repassado, após a homologação do resultado, para o Tesouro Nacional. A forte disputa pelas faixas de freqüência na área 1 levou o leilão a ter quase oito horas de duração: das 10h às 17h50.


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