São Paulo, quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

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Vaivém das commodities

MAURO ZAFALON - mzafalon@folhasp.com.br

PERDEU O BRILHO
O ritmo alucinante do setor sucroalcooleiro perdeu força. Preços internos baixos para o álcool e queda no valor das exportações do açúcar diminuíram o poder de caixa das empresas do setor. Com isso, as indústrias de máquinas agrícolas, até então animadas com o setor, já não esperam tantas vendas como previam para 2008.

SAFRA RECORDE
A produção de milho na safrinha -safra de inverno- deve atingir o recorde de 16 milhões de toneladas no centro-sul, em 2008, conforme a primeira estimativa da Agência Rural, de Curitiba. A área sobe para 4,6 milhões de hectares e a produtividade fica em 3.514 quilos por hectare.

NO PÁREO
Os dois líderes nacionais na produção de milho estão com volumes muito parecidos na safrinha. Na avaliação da AgRural, o Paraná produzirá 5,9 milhões de toneladas. Mato Grosso vem a seguir, com 5,7 milhões. O Centro-Oeste deve produzir 9,4 milhões.

NOVAS COMPRAS
O Marfrig, que está investindo US$ 15 milhões nos frigoríficos adquiridos na Argentina, estaria comprando uma nova unidade no país vizinho, segundo informações da imprensa e do mercado argentinos. O novo frigorífico a ser comprado seria o Mirab, especializado na produção de "jerky beef" (carne cozida de amplo consumo nos Estados Unidos).

SEM CONFIRMAÇÃO
Procurado pela Folha, o Marfrig não retornou a ligação, até o fechamento desta edição, para informar sobre o assunto.

LIDERANÇA PAULISTA
A manutenção da pecuária em São Paulo está cada vez mais difícil. Dados do Cepea/ USP indicam que os custos totais de produção subiram 14,3% de janeiro a outubro no Estado, o dobro dos 7,5% de Mato Grosso. Isso explica a opção de várias empresas por Mato Grosso nos últimos anos.

SÓ REPOSIÇÃO
De 2003 a 2007 foram raros os momentos em que a arroba do boi gordo teve reajuste superior ao dos custos. A avaliação é do Cepea, que registra elevação acumulada de 9,2% no período, enquanto os custos tiveram reajustes de 45%.

LUCROS
A Açúcar Guarani aumentou em 264% a produção de álcool e em 87,5% a de açúcar no segundo trimestre do ano fiscal de 2008, em comparação a igual período do ano fiscal de 2007. A empresa obteve lucro líquido de R$ 11,8 milhões no segundo trimestre, após prejuízo líquido de R$ 38 milhões no primeiro. No segundo trimestre de 2007, o lucro líquido havia sido de R$ 45,3 milhões.


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