São Paulo, sábado, 19 de dezembro de 2009

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Após pico, Bolsa encerra semana com queda de 3,8%

Ações da CSN caem 5,5% após anúncio; dólar vale R$ 1,783

FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Na semana em que muitos analistas contavam com a possibilidade de a Bolsa de Valores de São Paulo alcançar os 70 mil pontos pela primeira vez em 2009, o que se viu foram as ações derretendo. A Bovespa terminou o período com perdas acumuladas de 3,75%, aos 66.794 pontos. Das 62 ações do índice Ibovespa, 54 encerraram a semana com perdas.
A Bolsa terminou o primeiro pregão da semana com 69.349 pontos, em seu mais elevado patamar do ano. Mas acabou por cair em todos os outros pregões. Ontem a Bovespa fechou com recuo de 0,41%.
O resultado de ontem levou a Bolsa brasileira a passar a acumular baixa em dezembro, de 0,37%. No ano, os ganhos estão em 77,88%.
Sem notícias que melhorassem os ânimos dos investidores, o que se viu ontem foram ações em depreciação nos principais centros financeiros do planeta. A Bolsa de Londres recuou 0,40%; Frankfurt perdeu 0,23%; e, em Tóquio, o índice Nikkei recuou 0,21%.
Quem escapou do vermelho no final do dia foi Wall Street. Depois de operar em baixa durante boa parte do pregão -marcou recuo de 0,45% no pior momento do dia-, o índice Dow Jones acabou por encerrar com alta de 0,2%.
Para o resultado negativo da Bovespa pesou o comportamento dos papéis da Companhia Siderúrgica Nacional. Responsável pelo terceiro maior volume girado no pregão, com R$ 477,5 milhões em negócios, a ação ordinária da CSN perdeu 5,45% -a maior desvalorização do índice Ibovespa.
A companhia anunciou que fez uma oferta para comprar a Cimpor, maior produtora de cimento de Portugal. O resultado das ações sinaliza que os investidores demonstraram preocupação com o nível de endividamento que a CSN pode atingir, caso concretize a operação.

Dólar
O mercado de câmbio local foi marcado por muita oscilação nas cotações. Na máxima do dia, o dólar alcançou R$ 1,801. Desde setembro o patamar de R$ 1,80 não era atingido. Mas o dólar acabou por perder forças e terminou as operações cotado a R$ 1,783, com depreciação de 0,45%.
"Tecnicamente, o real não deveria retomar tão cedo o patamar de R$ 1,80. Mas a manutenção da insegurança dos investidores lá fora pode fazer a depreciação do real persistir", diz João Medeiros, diretor da Pioneer.
A moeda americana computa alta de 1,65% no mês.


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