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Após pico, Bolsa encerra semana com queda de 3,8%
Ações da CSN caem 5,5% após anúncio; dólar vale R$ 1,783
FABRICIO VIEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
Na semana em que muitos
analistas contavam com a possibilidade de a Bolsa de Valores
de São Paulo alcançar os 70 mil
pontos pela primeira vez em
2009, o que se viu foram as
ações derretendo. A Bovespa
terminou o período com perdas
acumuladas de 3,75%, aos
66.794 pontos. Das 62 ações do
índice Ibovespa, 54 encerraram a semana com perdas.
A Bolsa terminou o primeiro
pregão da semana com 69.349
pontos, em seu mais elevado
patamar do ano. Mas acabou
por cair em todos os outros pregões. Ontem a Bovespa fechou
com recuo de 0,41%.
O resultado de ontem levou a
Bolsa brasileira a passar a acumular baixa em dezembro, de
0,37%. No ano, os ganhos estão
em 77,88%.
Sem notícias que melhorassem os ânimos dos investidores, o que se viu ontem foram
ações em depreciação nos principais centros financeiros do
planeta. A Bolsa de Londres recuou 0,40%; Frankfurt perdeu
0,23%; e, em Tóquio, o índice
Nikkei recuou 0,21%.
Quem escapou do vermelho
no final do dia foi Wall Street.
Depois de operar em baixa durante boa parte do pregão
-marcou recuo de 0,45% no
pior momento do dia-, o índice Dow Jones acabou por encerrar com alta de 0,2%.
Para o resultado negativo da
Bovespa pesou o comportamento dos papéis da Companhia Siderúrgica Nacional. Responsável pelo terceiro maior
volume girado no pregão, com
R$ 477,5 milhões em negócios,
a ação ordinária da CSN perdeu
5,45% -a maior desvalorização
do índice Ibovespa.
A companhia anunciou que
fez uma oferta para comprar a
Cimpor, maior produtora de cimento de Portugal. O resultado
das ações sinaliza que os investidores demonstraram preocupação com o nível de endividamento que a CSN pode atingir,
caso concretize a operação.
Dólar
O mercado de câmbio local
foi marcado por muita oscilação nas cotações. Na máxima
do dia, o dólar alcançou R$
1,801. Desde setembro o patamar de R$ 1,80 não era atingido. Mas o dólar acabou por perder forças e terminou as operações cotado a R$ 1,783, com depreciação de 0,45%.
"Tecnicamente, o real não
deveria retomar tão cedo o patamar de R$ 1,80. Mas a manutenção da insegurança dos investidores lá fora pode fazer a
depreciação do real persistir",
diz João Medeiros, diretor da
Pioneer.
A moeda americana computa
alta de 1,65% no mês.
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