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MERCADO FINANCEIRO
Bolsa sobe 2%; US$ 319 mi saem do país
da Reportagem Local
Os mercados financeiros tiveram ontem um dia de marasmo e
baixo volume de negócios, com os
investidores esperando para ver os
resultados da votação do impeachment do presidente dos
EUA, Bill Clinton, no Congresso
norte-americano.
Influenciada pelo mercado em
Nova York, a Bolsa de Valores de
São Paulo terminou o dia em alta,
de 2,05%, movimentando apenas
R$ 282,53 milhões. Na semana,
caiu 5,75%, no mês, 21,43%, e no
ano, 33,49%.
Análises otimistas sobre a Intel e
a Compaq animaram Wall Street e
o índice Dow Jones, das ações
mais negociadas na Bolsa de Valores de Nova York, subiu 0,31%.
No seu segundo dia, o bombardeio sobre o Iraque passou novamente desapercebido nos mercados internacionais. Os investidores estão convencidos de que os
impactos sobre a economia internacional serão nulos. Para analistas, o ataque dos EUA trata-se de
uma manobra diversionista para
desviar as atenções da crise política de Clinton.
A evasão de divisas do Brasil
continuou ontem. Até as 19h30, o
fluxo cambial estava negativo em
US$ 248 milhões no mercado de
dólar comercial e em US$ 71 milhões no mercado de dólar flutuante, um segmento do turismo.
O total, de US$ 319 milhões, superava os US$ 311 milhões de fluxo
cambial negativo de anteontem.
No mês, a evasão de dólares já soma quase US$ 2,7 bilhões.
Os juros do over, o mercado por
um dia, caíram para 28,92% ao
ano, abaixo dos 29% fixados pelo
governo para a TBC, a taxa básica
da economia.
Nos EUA, analistas acreditam
que os juros básicos serão mantidos em 4,75% ao ano na reunião
do Federal Reserve, o banco central norte-americano, no dia 22.
"Depois dos três últimos cortes
nos juros dos EUA, a situação de
estresse nos mercados internacionais passou", diz Rodrigo Moraes, do Banco Rendimento.
Segundo ele, os dados econômicos dos EUA são "conflitantes".
Os números do varejo norte-americano mostram uma "demanda
doméstica resistente". Mas os indicadores da indústria manufatureira, principalmente a mais dependente dos mercados internacionais, são pouco animadores.
"Pesando os dois lados, creio que
o Fed vai optar pela neutralidade."
(CRISTIANE PERINI LUCCHESI)
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