São Paulo, Quinta-feira, 20 de Janeiro de 2000


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Distribuidoras vão poder operar postos

da Sucursal de Brasília

Os distribuidores de combustível, como Esso, Petrobras e Shell, poderão operar até 10% dos postos de gasolina do país, segundo proposta da ANP (Agência Nacional de Petróleo).
O projeto consta de uma minuta de portaria da ANP, que está desde ontem no site da agência (www.anp.gov.br) para consulta pública pelos próximos 15 dias.
A portaria, que deve entrar em vigor ainda neste semestre, poderá sofrer alterações devido a sugestões que deverão partir dos próprios distribuidores e revendedores de combustível.
A ANP espera reclamações dos dois lados. Os donos de postos não querem que as distribuidoras possam entrar no mercado varejista. E as distribuidoras gostariam de ter menos restrições para a operação de postos.
O presidente da Fecombustíveis (associação de donos de postos), Luiz Gil Siuffo, afirmou que a decisão da ANP causa estranheza.
Segundo Siuffo, o próprio David Zylbersztajn, diretor da ANP, afirmou no passado que a possibilidade de distribuidoras revenderem combustível para o consumidor final era assunto encerrado. "Se a medida for aprovada irá quebrar os pequenos revendedores", afirmou Siuffo, que pretende impedir a aprovação da portaria.
Atualmente, os distribuidores não podem operar postos de gasolina, vendem combustível apenas no atacado. A maioria dos postos tem as marcas das distribuidoras, mas são operados por terceiros. O novo projeto permitirá que mais de 2.700 postos de gasolina no Brasil passem para as mãos dos distribuidores -o país tem 27.600 postos.
Esse número poderá ser menor, no entanto, pois o total de postos das distribuidoras não poderá comercializar mais que 15% do combustível vendido no varejo.
Siuffo disse que as distribuidoras podem até baixar os preços no início, para quebrar os pequenos, mas depois cartelizarão a revenda. O objetivo do projeto, segundo o Ministério das Minas e Energia, é exatamente o contrário: possibilitar ao governo um maior controle do preço da gasolina vendida ao consumidor.



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