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PREÇOS
Índice da FGV abrange 30 dias até o dia 10 de janeiro
Fipe registra inflação de 0,47%, enquanto IGP recua para 1,22%
ALESSANDRA KIANEK
da Redação
O ritmo da alta de preços em
São Paulo se estabilizou. A Fipe
(Fundação Instituto de Pesquisas
Econômicas) apurou que a taxa
de inflação no município de São
Paulo foi de 0,47% na segunda
quadrissemana deste mês, ou seja, nos últimos 30 dias terminados
no dia 15, contra 0,46% na quadrissemana anterior.
O economista e coordenador do
IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da Fipe, Heron do Carmo,
manteve a previsão da taxa inflação de 0,50% para o fechamento
de janeiro.
As matrículas e mensalidades
escolares, junto com os alimentos
"in natura", foram os responsáveis pela pressão sobre a taxa.
O grupo alimentação subiu
1,10%, puxado pelo aumento dos
alimentos "in natura" (hortifrutigranjeiros) e dos semi-elaborados
(como carne, arroz e feijão), que
subiram 1,42% e 0,86%, respectivamente.
Os preços dos legumes e das
verduras já estão sentindo o efeito
das chuvas. As verduras tiveram
alta de 6,09% na segunda quadrissemana, contra 1,21% na anterior.
Os legumes, que chegaram a cair
4,60% na primeira quadrissemana, tiveram queda de 0,80%.
As carnes, que vinham pressionando o índice, já estão tendo altas bem menores e podem até fechar este mês com deflação.
O grupo educação subiu 2,85%,
alta já esperada para janeiro. As
matrículas e mensalidades escolares subiram 3,59%. Nas faculdades, o aumento foi de 5,46%, e nas
escolas de primeiro e segundo
grau, de 2,97%.
As matrículas e mensalidades
devem fechar este mês com alta
de 6%, avalia Heron do Carmo.
O grupo dos transportes subiu
0,34% na segunda quadrissemana, puxado pelo aumento dos
combustíveis. A gasolina subiu
0,72%, e o álcool, 0,92%.
Segundo Heron do Carmo, os
preços dos combustíveis devem
se estabilizar ou até apresentar
deflação no final do mês.
O grupo habitação teve alta de
0,13%. O impacto das tarifas de
telefone, que era esperado para a
segunda quadrissemana, ainda
não se refletiu no índice, podendo
só influenciar a taxa de fevereiro.
Para Heron do Carmo, a taxa de
inflação está nas mãos do governo. "O índice vai ser o que o governo quiser. Só vai depender do
aumento das tarifas que ele autorizar. A inflação do ano seria tranquilamente em torno de 4% se
não fosse o aumento das tarifas".
A Fipe está projetando inflação de
6% a 6,5% para 2000.
IGP-10
No Rio, a Fundação Getúlio
Vargas divulgou que o IGP-10
(Índice Geral de Preços) de janeiro ficou em 1,22%. Ele abrangeu
30 dias até o último dia 10, mas a
metodologia é igual à do IGP-DI.
O IPA (Índice de Preços no Atacado) subiu 1,36%, o IPC (Índice
de Preços ao Consumidor) avançou 0,96% e o INCC (Índice Nacional de Custo da Construção)
registrou aumento de 1,13%.
O IGP-10 de dezembro havia sido de 2,35%, fechando 99 com
elevação de 20,10%.
Colaborou o FolhaNews
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