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OUTRO LADO
Monteiro nega participação em operação ilícita
ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL
Carlos de Souza Monteiro,
44, que ocupou a posição de vice-presidente do conselho de
administração da Parmalat
Brasil, disse ontem à Folha que
conhecia Fausto Tonna, ex-diretor da Parmalat, e teve "vários contatos com ele". Mas negou que tenha participado de
operações ilícitas na empresa.
Monteiro e Tonna foram citados ontem pelo ex-contador
da empresa na Itália Gianfranco Bocchi como comandantes
de operações que desviaram
recursos do grupo.
"Fiquei lá de 1991 a 2002, cerca de dez anos, e conhecia Tonna, mas não tenho nada a dizer
sobre isso", afirmou ele.
Atualmente, Monteiro trabalha em "atividade particular",
afirma, sem especificar do que
se trata.
O ex-funcionário da empresa
não informa por que deixou a
companhia há dois anos.
Quando ele ocupou o cargo de
vice-presidente no grupo, estava subordinado a Gianni Grisendi, ex-presidente do grupo
no país. Monteiro diz que prefere que "a Parmalat trate desse
assunto [relativo às acusações
do contador]".
Monteiro é o primeiro executivo no Brasil apontado por ex-funcionários da multinacional
na Itália como envolvido em
operações classificadas pelos
italianos como "suspeitas" e
"esquisitas".
Da mesma forma, a Carital
Brasil é a primeira companhia
no país apontada como diretamente ligada à crise que atinge
o grupo de alimentos.
A Parmalat na Itália está sendo investigada pela polícia por
fraude e desvio de capital.
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