São Paulo, terça-feira, 20 de janeiro de 2004

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OUTRO LADO

Monteiro nega participação em operação ilícita

ADRIANA MATTOS
DA REPORTAGEM LOCAL

Carlos de Souza Monteiro, 44, que ocupou a posição de vice-presidente do conselho de administração da Parmalat Brasil, disse ontem à Folha que conhecia Fausto Tonna, ex-diretor da Parmalat, e teve "vários contatos com ele". Mas negou que tenha participado de operações ilícitas na empresa.
Monteiro e Tonna foram citados ontem pelo ex-contador da empresa na Itália Gianfranco Bocchi como comandantes de operações que desviaram recursos do grupo.
"Fiquei lá de 1991 a 2002, cerca de dez anos, e conhecia Tonna, mas não tenho nada a dizer sobre isso", afirmou ele.
Atualmente, Monteiro trabalha em "atividade particular", afirma, sem especificar do que se trata.
O ex-funcionário da empresa não informa por que deixou a companhia há dois anos. Quando ele ocupou o cargo de vice-presidente no grupo, estava subordinado a Gianni Grisendi, ex-presidente do grupo no país. Monteiro diz que prefere que "a Parmalat trate desse assunto [relativo às acusações do contador]".
Monteiro é o primeiro executivo no Brasil apontado por ex-funcionários da multinacional na Itália como envolvido em operações classificadas pelos italianos como "suspeitas" e "esquisitas".
Da mesma forma, a Carital Brasil é a primeira companhia no país apontada como diretamente ligada à crise que atinge o grupo de alimentos.
A Parmalat na Itália está sendo investigada pela polícia por fraude e desvio de capital.


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