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Lula faz turnê por projetos de saneamento
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dentro da estratégia do governo de garantir publicidade
ao PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) -muito
mais do que investimentos públicos-, o presidente Lula iniciará na segunda quinzena de
fevereiro uma série de viagens
para lançar obras de saneamento pelo interior do país.
A viagem é organizada pelo
Palácio do Planalto e pelo Ministério das Cidades e envolve
um setor que ainda nem está
sendo classificado no balanço
do programa, já que as obras
não tiveram andamento até
agora. A promessa é de investimento de R$ 10 bilhões anuais.
O ministro Márcio Fortes
(Cidades) rebate as críticas dizendo que, ao contrário dos ministérios que desenvolvem
seus próprios programas, o setor de saneamento depende de
projetos de Estados e municípios, enfrentando problemas
de elaboração, questões ambientais, descapitalização das
empresas locais de saneamento
e endividamento dos governos
locais. "Nunca dissemos que
2007 seria um ano de obras.
Todo mundo sabia que levaria
tempo para formatar os projetos e que licitação demora."
Ele diz que a expectativa dos
empresários é que o setor comece a deslanchar a partir de
março, quando as primeiras licitações estarão concluídas.
Segundo a Folha apurou, para tentar acelerar o andamento
das obras -de importância sobretudo política em ano de
eleições municipais-, a Caixa
Econômica Federal, que concede o financiamento para os
projetos selecionados pelo ministério, fez videoconferências
com técnicos da instituição e os
das prefeituras. Eles orientaram a elaboração dos projetos
evitando que fossem rejeitados
na fase de análise.
O ministro Márcio Fortes
nega que a discussão sobre
quem é o dono da obra, quando
ela envolve vários municípios e
área de interesse comum, será
empecilho. Para os empresários, a polêmica, que já chegou
ao STF (Supremo Tribunal Federal), será motivo de atraso de
alguns projetos. Segundo Fortes, não há mais problema já
que os municípios podem obter recursos para fazer a obra
na sua área.
(SHEILA D'AMORIM)
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