São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2005

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Empresas enviam estudos técnicos pró e contra para defender posições

DA REPORTAGEM LOCAL

Uma das armas utilizadas pelo grupo que defende e pelo que ataca a exploração e o uso do amianto no país são os estudos técnicos realizados dentro e fora do Brasil.
"Peritos do Canadá e de outros países, a Organização Internacional do Trabalho e a Organização para Cooperação Econômica e Desenvolvimento concluíram que os conhecimentos e as tecnologias modernas atuais podem controlar com êxito o potencial para risco à saúde e ao meio ambiente que o amianto crisotila representa", afirma documento da Natural Resources Canada, encaminhado pela Eternit à comissão.
Outro estudo, coordenado pelo Departamento de Engenharia de Construção Civil da Escola Politécnica da USP (Universidade de São Paulo), mostra que ainda não existe no Brasil uma tecnologia capaz de substituir o amianto com as mesmas características (durabilidade e eficiência) e os mesmos custos de fabricação.
"Trabalhamos nisso há quatro anos e ainda não conseguimos desenvolver uma telha que tenha a mesma durabilidade e o mesmo custo da que utiliza amianto. Mas dá para desenvolver essa telha, só que não do dia para a noite. O governo precisa oferecer condições para que isso aconteça", diz Vanderley John, professor associado do Departamento de Engenharia de Construção Civil da Politécnica da USP.
Entre os estudos que a Brasilit encaminhou ao governo está o da IARC (sigla em inglês para agência internacional de pesquisa sobre o câncer, braço da Organização Mundial de Saúde). A agência classifica todos os tipos de amianto -incluindo a crisotila branca, extraída em Minaçu (GO) pela Sama- como categoria I, na qual constam os produtos que são "reconhecidamente cancerígenos para os seres humanos".
(FF)


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