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Empresas enviam estudos técnicos
pró e contra para defender posições
DA REPORTAGEM LOCAL
Uma das armas utilizadas pelo
grupo que defende e pelo que ataca a exploração e o uso do amianto no país são os estudos técnicos
realizados dentro e fora do Brasil.
"Peritos do Canadá e de outros
países, a Organização Internacional do Trabalho e a Organização
para Cooperação Econômica e
Desenvolvimento concluíram
que os conhecimentos e as tecnologias modernas atuais podem
controlar com êxito o potencial
para risco à saúde e ao meio ambiente que o amianto crisotila representa", afirma documento da
Natural Resources Canada, encaminhado pela Eternit à comissão.
Outro estudo, coordenado pelo
Departamento de Engenharia de
Construção Civil da Escola Politécnica da USP (Universidade de
São Paulo), mostra que ainda não
existe no Brasil uma tecnologia
capaz de substituir o amianto
com as mesmas características
(durabilidade e eficiência) e os
mesmos custos de fabricação.
"Trabalhamos nisso há quatro
anos e ainda não conseguimos desenvolver uma telha que tenha a
mesma durabilidade e o mesmo
custo da que utiliza amianto. Mas
dá para desenvolver essa telha, só
que não do dia para a noite. O governo precisa oferecer condições
para que isso aconteça", diz Vanderley John, professor associado
do Departamento de Engenharia
de Construção Civil da Politécnica da USP.
Entre os estudos que a Brasilit
encaminhou ao governo está o da
IARC (sigla em inglês para agência internacional de pesquisa sobre o câncer, braço da Organização Mundial de Saúde). A agência
classifica todos os tipos de amianto -incluindo a crisotila branca,
extraída em Minaçu (GO) pela Sama- como categoria I, na qual
constam os produtos que são "reconhecidamente cancerígenos
para os seres humanos".
(FF)
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