|
Texto Anterior | Índice
"Fantasma" em
SP deu prejuízo
de R$ 164 mi
DA REPORTAGEM LOCAL
Numa garagem adaptada para
um depósito, foi localizada no
ano passado uma empresa fantasma de produtos alimentícios e
descartáveis no bairro da Mooca,
zona leste de São Paulo.
Fundada em 1993, ela fez golpes
que causaram perdas de R$ 164
milhões, segundo informam 37
protestos de companhias que fizeram negócios com a golpista
em São Paulo.
Aqueles que receberam o calote
entregaram a mercadoria pedida
pela empresa, mas não foram pagos. Alguns receberam cheque
sem fundos.
A companhia chegou a tentar
comprar itens de clientes da empresa de gestão de crédito SCI/
Equifax. Entre os pedidos, existiam itens dos mais diversos, como material de limpeza, celulares,
vinho, champanhe, roupão de banho, DVD, panela de pressão,
agendas, entre outros itens.
Com os produtos na mão, o plano era continuar a dar o calote
nos fornecedores.
"A empresa foi fundada em
1993, mas não registrávamos nenhuma atividade em nosso banco
de dados até novembro de 2004",
diz Alexandre Cambach, gerente
da SCI/Equifax.
"A partir de então, o número de
consultas de companhias interessadas em saber sobre a empresa
cresceu", afirma.
Intuição
Para Marcelo Gomes, perito em
fraudes e investigador contábil da
GBE Peritos, existe uma possibilidade de um aumento nas fraudes
em momentos de maior atividade
econômica.
Gomes crê "intuitivamente"
nessa relação, ainda que os números mostrem curva ascendente no
número de empresas golpistas no
país há anos.
"Quando a economia melhora,
todos gastam mais e olham menos para custos. Mas, quando a
crise bate na porta, é preciso cortar gorduras, e a cautela é maior
em fechar novos acordos", analisa
o perito.
Texto Anterior: Risco-país: Brasil ganha 3 empresas golpistas por dia Índice
|