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MERCADO FINANCEIRO
Globo Cabo PN cai mais 8,6%; operadores esperam anúncio de corte de até 0,75 ponto nos juros
Teles lideram baixa de 0,89% da Bovespa
DA REPORTAGEM LOCAL
As ações preferenciais (sem direito a voto) da Globo Cabo tiveram desvalorização de mais 8,6%
ontem. Foram as que mais caíram
dentre as negociadas na Bovespa.
Os papéis haviam perdido 7,9%
no pregão da segunda-feira e fecharam a semana passada com
desvalorização de 12,5%. No ano,
a queda das ações PN da Globo
Cabo está em 28,4%.
Os ADRs (American Depositary
Receipts) da companhia caíram
outros 8% ontem em Nova York.
A empresa vem sendo alvo de
fortes vendas, por parte de investidores nacionais e estrangeiros,
desde a semana passada.
A companhia divulgou mais
um prejuízo no ano passado e
anunciou aumento de capital de
R$ 1 bilhão, com a participação do
BNDES. O fato de o banco estatal
estar envolvido no processo teve
repercussão bastante negativa.
Ontem, no mercado, houve o
boato de que o BNDES poderia
até deixar a operação.
A Bovespa caiu 0,89%, com volume negociado de R$ 534,347
milhões. As outras maiores baixas
da Bolsa foram das teles CRT Celular PNA (2,8%), Embratel ON
(2,7%) e Tele Celular Sul PN
(2,7%) e da Copene (3%). A Bolsa
ainda aguardava, ontem, a definição, pelo Congresso, para a votação do fim da CPMF para a compra de ações. O dólar fechou praticamente estável, a R$ 2,343.
O volume de negócios continuou fraco ontem. A decisão do
Fed (o BC dos EUA) de manter os
juros americanos em 1,75% ao
ano já era esperada. Resta, agora,
o anúncio do Copom (Comitê de
Política Monetária) do BC, hoje,
sobre os juros brasileiros.
Investidores preferiram manter
a cautela na hora de fechar negócios, mas, à medida que se aproxima a decisão, cresce o número de
pessoas no mercado que afirma
que o corte poderá ser maior do
que 0,25 ponto percentual.
Segundo um analista, em ano
eleitoral, em que o governo tem o
objetivo de estimular a economia,
é hora de as taxas começarem a
cair num ritmo mais forte. "Ou
não haverá tempo para que elas
alcancem um patamar mais razoável até o meio do ano." Ele
afirma que não será surpresa se
elas passarem dos atuais 18,75%
para 18% ao ano.
Na BM&F (Bolsa de Mercadorias & Futuros), as projeções para
os juros tiveram pouca alteração.
Taxas de prazo mais longo, como
outubro, fecharam abaixo dos
18%. (ANA PAULA RAGAZZI)
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