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COMBUSTÍVEL
Concessão de áreas da ANP recebe menos inscritos que nos outros anos
Cai interesse em explorar petróleo
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
Passado o boom inicial proporcionado pela abertura do mercado de petróleo, em 1998, o setor
perdeu atratividade. Neste ano, só
27 empresas se inscreveram na 4ª
Rodada de Licitações da ANP
(Agência Nacional do Petróleo).
Os números dos anos anteriores
eram mais animadores: no ano
passado e em 2000, 42 companhias se inscreveram em cada leilão. Em 1999, na primeira rodada,
38 se habilitaram. Eles mostram
também a queda do interesse do
investidor pelo setor de exploração e produção de petróleo.
O diretor-geral da ANP, Sebastião do Rêgo Barros, admite a retração e indica uma causa: "O fato
de não ter havido descobertas
[que permitam produção em larga escala" desde 1996 é um fator
preponderante. É claro que, se
houvesse uma grande descoberta,
os interessados iriam duplicar ou
até triplicar neste ano".
Ontem, a ANP lançou seu quarto leilão de áreas. Serão oferecidos
54 blocos, em 18 bacias.
Outro problema também pode
reduzir o interesse das companhias: neste ano, muitos blocos
são em terra, em que o Brasil não
tem tradição em produção de
óleo. As grandes reservas do país
estão em águas profundas.
Na tentativa de aumentar o interesse das companhias, a ANP vai
investir, pela primeira vez, em levantamentos geológicos para mapear melhor as áreas. Serão gastos
R$ 100 milhões em 2002.
Seis bacias inexploradas foram
colocadas em licitação. Quatro
são em terra -Amazonas, Parnaíba, São Francisco e São Luís.
Sete companhias que nunca haviam participado de leilões no
Brasil estarão no páreo. São todas
de pequeno porte, como a Norsk
Hidro (Noruega), a Alberta
Energy (Canadá) e as brasileiras
Starfish e Petrorecôncavo.
A surpresa é o banco Opportunity, que participa da Petrorecôncavo. O banco tem seus maiores
investimentos em telecomunicações e controla a Brasil Telecom e
as celulares Telemig e Tele Amazônia. As inscrições para a quarta
rodada se encerram em maio.
Gasoduto
Rêgo Barros disse que o concurso entre empresas interessadas
em participar da ampliação do gasoduto Brasil-Bolívia está suspenso até que o governo termine a
reavaliação do programa de construção de termelétricas. Só depois
disso poderá ser determinada a
demanda de gás para mover as
usinas e a necessidade de aumentar o duto.
A idéia era dobrar a capacidade
do gasoduto -hoje, de 30 milhões de m3.
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