São Paulo, quarta-feira, 20 de março de 2002

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RIQUEZA AMERICANA

Saldo negativo maior indica aumento no consumo e aquecimento na atividade econômica do país

Déficit na balança americana cresce 15%

DA REDAÇÃO

O déficit na balança comercial e de serviços dos EUA cresceu 15,4% em janeiro em relação a dezembro. A ampliação do saldo negativo indica que o consumo cresceu e que a atividade econômica já está mais aquecida. A retração na economia global, por outro lado, fez com que as exportações norte-americanas caíssem ao menor volume dos últimos três anos.
De acordo com o Departamento de Comércio, em janeiro o saldo das transações com o exterior ficou negativo em US$ 28,5 bilhões. Em dezembro, o déficit tinha sido de US$ 24,7 bilhões.
No ano passado, devido à recessão, que freou o consumo de produtos importados, o déficit no balanço de pagamentos caiu em relação a 2000. Mas, com os EUA se recuperando de maneira mais intensa do que as outra grandes economias, o saldo negativo deverá voltar a aumentar neste ano.
A indústria norte-americana enfrenta outro problema, além da retração nas compras do exterior. Nos últimos cinco anos, o dólar se valorizou 30% em relação às moedas das principais economias globais, o que torna os produtos "made in USA" mais caros, enquanto as mercadorias importadas ficam mais baratas.
Para David Huether, economista-chefe da Associação Nacional da Indústria, a grande queda nas exportações revela que o setor manufatureiro está enfrentando "uma tóxica combinação de dólar sobrevalorizado e fraco crescimento no exterior".
As maiores quedas nas exportações registradas em janeiro foram em computadores, equipamentos de telefonia e máquinas. Como um todo, o recuo nas vendas ao exterior foi de 0,1%.
No mesmo período, a importação de bens e serviços cresceu 3,6%. Houve uma alta demanda por petróleo e derivados e por equipamentos industriais, o que sinaliza a recuperação.


Com agências internacionais

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