|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INFORMÁTICA
Margem será apertada HP espera aprovação de compra da Compaq
DA REDAÇÃO
Carly Fiorina, diretora-executiva da Hewlett-Packard, previu
aprovação da fusão da empresa
com a Compaq, na assembléia de
acionistas realizada ontem. O resultado oficial da votação sairá somente dentro de algumas semanas.
De acordo com Fiorina, a contagem preliminar dos votos indica
que os acionistas optaram por
aprovar a fusão por uma margem
apertada, inferior a 2% dos votos.
Em discurso no auditório da empresa em Palo Alto, Califórnia, os
mais de mil acionistas presentes
ouviram a executiva defender a
fusão, que seria essencial à sobrevivência de longo prazo da companhia e levaria à criação de uma
gigante no ramo de tecnologia.
Segundo a diretora, nos primeiros nove meses após a fusão, a
companhia deve identificar as demissões a serem feitas. "Enquanto
a eliminação de 15 mil empregos é
uma má notícia, seria um engano
acreditar que isso só ocorreria no
caso da fusão ser aprovada. Hoje,
temos 36 mil funcionários em um
negócio que não é lucrativo."
Fiorina, a primeira mulher da
história a dirigir uma das 20
maiores empresas dos EUA, foi
contratada para reformular a HP
há três anos e é a principal responsável pelo plano de fusão.
Oposição
A compra, que custará US$ 21
bilhões à HP, foi contestada por
grande parte dos acionistas, tornando esta uma das mais disputadas assembléias corporativas da
história, com a participação de
mais de mil acionistas. Duas horas antes do início da votação já
havia grande movimento no auditório da companhia.
Os acionistas podem votar
quantas vezes acharem necessário, sendo que somente o último
voto é contabilizado. Saul Chaikin, professor aposentado, trocou
de idéia três vezes antes de votar.
"Estou presenciando um evento
histórico", afirmou.
A proposta de aquisição da
Compaq, anunciada em setembro, recebeu forte oposição das
famílias Hewlett e Packard, que
possuem 22% da empresa. Walter
Hewlett, filho de um dos fundadores da companhia e principal
opositor da fusão, negou-se a admitir derrota. "Não é possível saber o vencedor até que todos os
votos sejam apurados."
Hewlett, na campanha contra a
fusão, enviou correspondência a
mais de 900 mil acionistas. Em
discurso no auditório da HP, disse que a HP estaria pagando caro
pela Compaq e entrando em um
negócio arriscado, em que computadores pessoais são vendidos
com baixa margem de lucro.
Os acionistas da Compaq devem dar seu parecer sobre a fusão
hoje, em Houston (Texas). A expectativa é de que o negócio seja
aprovado por eles, uma vez que a
HP estaria pagando um grande
prêmio pelas ações da Compaq.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Riqueza americana: Déficit na balança americana cresce 15% Próximo Texto: Manaus: PF ocupa porto para evitar contrabando Índice
|