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RIQUEZA AMERICANA
Taxa fica em 1,75% ao ano; BC dos EUA vê
expansão significativa de investimentos em estoques
Fed mantém juro e diz que a recessão acabou
DA REDAÇÃO
O Federal Reserve (Fed, Banco
Central dos EUA) manteve os juros ontem, como era previsto, em
1,75% ao ano. E substituiu a tendência de cortes pela tendência
neutra. O Fed também passou
uma mensagem clara de que a recessão já deixou de ser sua principal preocupação e a próxima alteração na taxa será para cima. Para
o Fed, a economia já cresce com
intensidade.
"A economia, impulsionada
por investimentos em estoques,
está se expandindo a um ritmo
significativo", disse ontem o Comitê Federal de Mercado Aberto.
"No entanto, o nível da demanda
final, elemento fundamental para
uma expansão estável, ainda é incerto nos próximos trimestres."
Traduzindo, as autoridades
monetárias disseram que a atividade econômica, que entrou em
recessão no ano passado, começa
a ganhar fôlego. Por outro lado,
ainda existem setores que permanecem contraídos.
O Federal Reserve disse ainda
que, tendo em vista suas duas metas, de crescimento estável e controle de inflação, a balança hoje
está equilibrada. No ano passado,
pesava mais a freada econômica,
o que justificou a agressiva política de cortes.
No ano passado, o Fed fez 11 reduções nos juros. A taxa despencou de 6,5% ao ano para 1,75%, a
menor desde a década de 60. Os
juros do crédito bancário estão
em torno de 4,75% ao ano, o menor patamar desde de 65.
Se a atividade econômica reagir
com intensidade, reduzindo o desemprego e ampliando o consumo, o reajuste de preços começará a ganhar fôlego. Com a pressão
inflacionária, o Fed deverá aumentar os juros logo. Analistas
prevêem que a primeira elevação
ocorra em maio.
Um dos que apostam que a elevação virá em dois meses é o economista-chefe do banco norte-americano Wells Fargo, Sung
Won Sohn. "Eles decidiram agir
mais cedo, em termos de aumento dos juros", afirmou.
Com agências internacionais
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