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São Paulo, quinta-feira, 20 de março de 2003

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VIZINHO EM CRISE

Desembolsos vão reprogramar dívidas

FMI aprova 1ª revisão do acordo e libera US$ 307 mi para Argentina

MARCELO BILLI
DE BUENOS AIRES

O FMI (Fundo Monetário Internacional) anunciou ontem a aprovação da primeira revisão do acordo com a Argentina e liberou o desembolso de US$ 307 milhões para o país.
O governo argentino assinou o acordo com o FMI em janeiro deste ano. A negociação com o Fundo demorou quase um ano, e o país havia declarado que daria o calote na dívida com os organismos multilaterais de crédito caso não pudesse contar com a ajuda do FMI.
O país deixou de pagar empréstimos do Banco Mundial que venceram no final do ano passado. No final de janeiro, o FMI anunciou que havia chegado a um acordo para assinar um programa de transição com o país: o acordo termina em agosto, quando o novo governo argentino, que assume no final de maio, deverá negociar um pacote de médio e longo prazos.
Em 28 de janeiro, o Fundo liberou US$ 1 bilhão, dinheiro suficiente para que o país reprogramasse as dívidas com o Fundo e o Banco Mundial que já haviam vencido.
O programa prevê desembolsos de cerca de US$ 3 bilhões, mas o governo argentino não receberá dinheiro "fresco". Os desembolsos serão utilizados para reprogramar as dívidas já assumidas pelo país e que vencem até agosto deste ano.
PIB cai A economia argentina encolheu 10,9% em 2002, informou ontem o Indec, o órgão de estatísticas oficial do governo argentino.
A queda do PIB -Produto Interno Bruto, soma dos valores dos bens e serviços finais produzidos no país- argentino já era estimada por analistas e pelo próprio governo em cerca de 11%.
A economia argentina estava em recessão desde 1998. Com a queda do ano passado, no entanto, 2002 passa a ser o ano em que o país teve o pior desempenho econômico já registrado.
O governo estima que a economia deve crescer aproximadamente 4% neste ano, impulsionada principalmente pelo aumento das exportações.


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