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MERCADO FINANCEIRO
Ganho da Bovespa foi de 2,23% no período; com anúncio de venda, ações da Embratel despencaram 25%
Bolsa sobe em semana agitada por Copom
DA REPORTAGEM LOCAL
Em semana em que o Copom
decidiu voltar a reduzir os juros
básicos, após dois meses de manutenção da taxa, a Bovespa encontrou ânimo para subir 2,23%.
O grande destaque negativo ficou com as ações com direito a
voto (ON) da Embratel Participações. Após o anúncio da venda do
controle da empresa para a mexicana Telmex, na segunda-feira, os
papéis da empresa derreteram.
Na semana, essa ação acumulou
desvalorização de 25,37%.
Como os investidores apostavam em um valor de venda maior
que a oferta da Telmex (US$ 360
milhões), o preço da ação ON da
empresa havia subido muito. A
regra do "tag-along" assegura aos
acionistas minoritários receber
pelas suas ações o preço equivalente a, no mínimo, 80% do valor
pago ao acionista majoritário. Ou
seja, quanto maior o valor pago
ao controlador, maior o retorno
para o minoritário.
O mercado de juros futuros
também viveu dias de agitação. A
maioria dos investidores esperava
que a taxa básica de juros ficasse
inalterada em 16,5% anuais. O
Copom decidiu cortar a taxa para
16,25% ao ano.
Isso fez a movimentação dos
contratos DI -que seguem os juros praticados entre os bancos-
na BM&F (Bolsa de Mercadorias
& Futuros) na quinta-feira ser a
segunda maior de sua história.
Ontem as taxas dos contratos
DI voltaram a recuar na BM&F. A
expectativa é que o Copom (Comitê de Política Monetária) volte
a reduzir a Selic em sua reunião de
abril. A taxa do DI com vencimento em maio recuou de 15,90%
para 15,87%.
Sobe-e-desce
No pregão de ontem, a Bovespa
recuou 0,49%. A queda da ações
da Petrobras (segunda e terceira
mais negociadas) não permitiu
que a Bolsa fechasse em alta.
O papel ON da Petrobras recuou 2,57%, seguido pelo PN,
com baixa de 2,45%.
Na semana, 39 das 54 ações que
compõem o Ibovespa fecharam
com ganhos. Na liderança ficou o
papel ordinário da Tele Celular
Sul, que registrou valorização de
16,55%.
Para a próxima semana, a divulgação da ata da reunião do Copom e de índices de preços deverá
concentrar as atenções dos investidores.
(FABRICIO VIEIRA)
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