São Paulo, sábado, 20 de março de 2004

Texto Anterior | Índice

País passará a receber em maio energia do Brasil

DE BUENOS AIRES

A ministra Dilma Rousseff (Minas e Energia) disse ontem em Buenos Aires que o Brasil deverá começar a vender energia elétrica para a Argentina a partir de maio deste ano.
A iniciativa faz parte de um projeto de cooperação divulgado em janeiro deste ano, que prevê o intercâmbio de energia elétrica entre os dois países.
A idéia é que não seja necessário pagar pela energia importada, mas que seja criada uma espécie de crédito de consumo entre os vizinhos. O modelo foi proposto pela Argentina.
"O que se discute neste momento é a exportação do Brasil para a Argentina em torno de 300 megawatts médios, chegando no seu pico a 500 megawatts. Esse processo está em discussão, e nós julgamos fundamental que tenha um desenlace favorável", afirmou a ministra ontem na capital da Argentina.
Serão utilizadas as linhas de transmissão que ligam Itá (em Santa Cartarina) a Garabi, na província argentina de Corrientes. Segundo Dilma, estão em discussão os aspectos regulatórios do processo.

Crise
A Argentina vive uma crise energética porque a geração de energia não é suficiente para cobrir toda a demanda existente no país, o que pode se agravar com o maior consumo durante os meses de inverno.
Nos últimos dias, por exemplo, houve cortes de até seis horas no fornecimento de energia elétrica para grandes empresas do país. Também foram suspensas as exportações de energia elétrica para o Uruguai.
"O governo brasileiro tem a firme disposição de ajudar a Argentina neste momento", afirmou a ministra.
"Nós já passamos por uma situação similar de necessidade de energia e fomos ajudados pela Argentina. Agora chegou a nossa vez de fazer o mesmo."



Texto Anterior: Vizinho ortodoxo: Argentinos economizam o dobro da meta
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.