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Fundo perdeu do IPCA entre 2000 e 2003
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo promete "respeitar a necessidade de preservar a rentabilidade do
FGTS", segundo documento
interno em que o Ministério
da Fazenda avalia as mudanças na fórmula de cálculo da
TR (Taxa Referencial).
Não há um reconhecimento explícito do governo de
que o rendimento dos trabalhadores pode cair abaixo da
inflação, mas essa possibilidade fica implícita quando os
técnicos mencionam que o
BC (Banco Central) poderá
mudar novamente o cálculo
da TR se os juros de mercado, que servem como referência para a taxa, caírem.
"Cabe destacar que o Banco Central manteve a prerrogativa de alterar a TR quando
a TBF [taxa de mercado] ficar abaixo de 11% ao ano, situação em que o BCB [Banco
Central do Brasil] respeitará
a necessidade de preservar a
rentabilidade do FGTS",
aponta o documento.
Essa não seria a primeira
vez em que os recursos do
trabalhador perderiam para
a inflação. O documento da
Fazenda mostra que, entre
abril de 2000 e dezembro de
2003, o rendimento do
FGTS esteve abaixo do IPCA,
índice que o governo usa para medir a inflação.
A situação mudou no início de 2004, e o FGTS ficou
positivo até junho daquele
ano, quando voltou a perder
da inflação. Os trabalhadores
só voltaram a ganhar no último trimestre de 2005.
Essas perdas, no entanto,
podem ser parcialmente justificadas pelo aumento inesperado da inflação por causa
da insegurança do mercado
financeiro em relação ao novo governo, ao apagão de
2001 e mesmo à desvalorização do real, em 1999.
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