São Paulo, terça-feira, 20 de março de 2007

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Trabalhadores protestam contra negócio

DA AGÊNCIA FOLHA

Cerca de 500 funcionários do pólo petroquímico de Triunfo (97 km de Porto Alegre) realizaram ontem, no km 441 da BR-386, em Canoas (RS), protesto contra a venda das Empresas Petróleo Ipiranga para Petrobras, Braskem e grupo Ultra.
Das 7h às 10h, segundo a Polícia Rodoviária Federal, 50 ônibus estacionaram às margens da rodovia, enquanto um carro de som se dirigia aos funcionários. Um congestionamento de 5 km chegou a ser formado.
Os trabalhadores dizem ser temerário o fato de um grupo privado -a Braskem- controlar o setor petroquímico do país. Eles também dizem que faltou transparência na negociação.
O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de Triunfo, Carlos Eitor Rodrigues, diz que a negociação foi "de sopetão", no final de semana. "Não houve debate." Segundo ele, a Braskem ficará responsável por mais de 70% da produção nacional de eteno. A principal preocupação dos funcionários é de demissão em massa. "A Braskem tomou essa atitude quando assumiu o pólo de Camaçari [BA] em 2002. Houve 2.000 demissões e ataques aos direitos trabalhistas." Ontem, o sindicato se reuniu com a Braskem para cobrar garantias de que não haverá dispensas.
O pólo gaúcho tem nove empresas, com 2.400 trabalhadores diretos e 3.500 indiretos. Na nova composição, 2.000 ficarão subordinados à Braskem, que, com a Petrobras, controlará a Copesul. A Ipiranga informou, por sua assessoria, que não comentaria o protesto.


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