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Trabalhadores protestam
contra negócio
DA AGÊNCIA FOLHA
Cerca de 500 funcionários
do pólo petroquímico de
Triunfo (97 km de Porto Alegre) realizaram ontem, no
km 441 da BR-386, em Canoas (RS), protesto contra a
venda das Empresas Petróleo Ipiranga para Petrobras,
Braskem e grupo Ultra.
Das 7h às 10h, segundo a
Polícia Rodoviária Federal,
50 ônibus estacionaram às
margens da rodovia, enquanto um carro de som se dirigia
aos funcionários. Um congestionamento de 5 km chegou a ser formado.
Os trabalhadores dizem
ser temerário o fato de um
grupo privado -a Braskem-
controlar o setor petroquímico do país. Eles também
dizem que faltou transparência na negociação.
O presidente do Sindicato
dos Trabalhadores nas Indústrias Petroquímicas de
Triunfo, Carlos Eitor Rodrigues, diz que a negociação foi
"de sopetão", no final de semana. "Não houve debate."
Segundo ele, a Braskem ficará responsável por mais de
70% da produção nacional
de eteno. A principal preocupação dos funcionários é de
demissão em massa. "A Braskem tomou essa atitude
quando assumiu o pólo de
Camaçari [BA] em 2002.
Houve 2.000 demissões e
ataques aos direitos trabalhistas." Ontem, o sindicato
se reuniu com a Braskem para cobrar garantias de que
não haverá dispensas.
O pólo gaúcho tem nove
empresas, com 2.400 trabalhadores diretos e 3.500 indiretos. Na nova composição, 2.000 ficarão subordinados à Braskem, que, com a
Petrobras, controlará a Copesul. A Ipiranga informou,
por sua assessoria, que não
comentaria o protesto.
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