|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Ações "disparam" na Bovespa após operação ser confirmada
DA REPORTAGEM LOCAL
A oscilação das ações na Bovespa das empresas envolvidas
no negócio de aquisição do grupo Ipiranga mostrou ontem
que a operação foi bem recebida pelos investidores.
As ações ON (ordinárias) da
Ipiranga Petróleo saltaram
69,80%, e as ON da Ipiranga
Distribuidora dispararam
67,40%. No caso dos papéis dos
compradores, a ação PNA da
Braskem teve alta de 15,86%; a
PN da Ultrapar subiu 5,70%; e a
PN da Petrobras, 2,18%.
Apenas as ações PN (preferenciais) da Ipiranga destoaram e terminaram o pregão
com perdas. Analistas explicam
que o fato de os portadores de
ações preferenciais da empresa
não serem beneficiados com o
"tag along" os prejudicará. Por
isso, esses papéis caíram na
Bolsa de Valores de São Paulo.
No fim do dia, Ipiranga Petróleo PN tinha perdas de
5,35%, a maior queda dentre os
papéis do índice Ibovespa. A
ação Ipiranga Refinaria PN
caiu 9,16%.
O "tag along" é uma regra do
mercado segundo a qual os direitos do controlador se estendem aos minoritários quando
há a venda da companhia. Essa
regra assegura que os acionistas minoritários detentores de
papéis ON recebam, no mínimo, 80% do valor pago aos controladores.
No caso das ações PN, o "tag
along" varia, dependendo do
estatuto da companhia e de
quando as ações passaram a ser
negociadas no mercado.
"Entendemos que o negócio
é positivo para as três [compradoras], mas com reflexos diferentes", diz Oscar Rudge, gestor de renda variável da Paraty
Investimentos. "Para a Braskem, a operação é muito positiva, principalmente devido à
participação que terá no Sul."
(FABRICIO VIEIRA)
Texto Anterior: Trabalhadores protestam contra negócio Próximo Texto: Lula sanciona a criação da Super-Receita Índice
|