São Paulo, sexta-feira, 20 de março de 2009

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Para OCDE, crescimento no Brasil se aproxima de zero em 2009

GITÂNIO FORTES
ENVIADO ESPECIAL A PARIS

"A taxa de crescimento do Brasil neste ano deve ficar ligeiramente acima da linha [superior a zero]", disse Angel Gurría, secretário-geral da OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico), entidade com sede em Paris que reúne 30 das economias mais ricas do mundo. O número será divulgado no fim do mês e acompanha a percepção do mercado. Segundo a pesquisa Focus, do Banco Central, a economia brasileira deve crescer 0,59% neste ano, depois de avançar 5,1% em 2008. Apesar da projeção, Luiz de Mello, chefe da área que reúne Brasil, América do Sul e Indonésia no Departamento Econômico da OCDE, definiu o país como "mais bem preparado do que há cinco ou dez anos".
A OCDE também divulgou estudo que avalia os efeitos da globalização e o desempenho dos países emergentes. Nesse item, a organização faz severas críticas ao Brasil, sobretudo à lenta liberalização.
Segundo o documento, o país tem indicadores de governança "medíocres" e as barreiras regulatórias são o maior obstáculo para o crescimento do comércio exterior e do investimento estrangeiro. E, embora as exportações tenham crescido bem acima da média mundial nas últimas duas décadas, a fatia do país no comércio do planeta congelou.

Colaborou MARCELO NINIO, de Genebra
O jornalista GITÂNIO FORTES viaja a convite da OCDE



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