São Paulo, sexta, 20 de março de 1998

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Rombo do banco é de R$ 4,2 bi

da Agência Folha, em Curitiba

O Banco Central vai tentar vender a carteira de cobrança do Bamerindus, avaliada pelo interventor Flávio Siqueira em cerca de R$ 2,5 bilhões.
Segundo Siqueira, os recursos vão ser utilizados para abater parte do rombo do Bamerindus, de cerca de R$ 4,2 bilhões.
No próximo dia 26, com o fim da intervenção, o banco entra em fase de liquidação.
Para tentar vender a carteira do banco, o BC contratou o Banco Pactual, que vai analisar a qualidade dos créditos e, assim, definir o seu deságio.
O relatório final da comissão de inquérito responsável pela intervenção no Bamerindus mandou provisionar 62% dos créditos do banco por considerá-los de difícil liquidação. Em tese, esse pode ser o deságio que será aplicado na venda da carteira de cobrança.
A venda da carteira, segundo Siqueira, será por licitação. "Há alguns bancos de negócio que podem se interessar", afirmou Siqueira.
Dívida com o Proer
A maior dívida do Bamerindus é com o Proer, que investiu R$ 5,68 bilhões na transferência do banco ao HSBC.
Após a venda de todos os ativos do Bamerindus, caso ainda haja débitos, os bens dos administradores e controladores do banco, entre eles o senador José Eduardo Andrade Vieira (PTB-PR), serão vendidos para cobrir a dívida.
(FLÁVIO ARANTES)



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