São Paulo, terça-feira, 20 de abril de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IGP-10 de abril vai a 1,2% e é o maior em 1 ano

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O IGP-10 (Índice Geral de Preços-10) de abril, divulgado ontem pela FGV (Fundação Getúlio Vargas), chegou a 1,2% e é o maior desde abril de 2003, quando atingiu 1,24%. Em março último, a inflação medida pelo indicador foi de 1,05%.
De novo, a alta foi puxada pelos preços no mercado atacadista.O IPA (Índice de Preços no Atacado) passou de 1,29% em março para 1,55% em abril.
Segundo o coordenador de análises econômicas da FGV, Salomão Quadros, os aumentos não se refletiram no mercado varejista, onde, ao contrário, houve desaceleração.
O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu de 0,41% em março para 0,36% em abril. ""Convenhamos, é uma taxa de Primeiro Mundo", afirmou.
Os preços de vestuário ficaram estagnados (alta de 0,01%) e houve deflação de 0,55% no grupo transportes.
A soja foi, individualmente, o produto que mais contribuiu para o aumento do IGP-10, com alta de 12,6% no mercado atacadista. Os bens de produção, de forma geral, subiram 1,83%, com maior peso para as matérias-primas agrícolas.
Segundo o coordenador da FGV, o encarecimento da soja é reflexo da quebra da safra.
Eduardo Velho, consultor do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), disse que a alta do atacado não afetará o varejo. Segundo ele, o IPA espelha os preços de tabela da indústria, mas ela não consegue repassá-los integralmente ao consumidor, porque a demanda continua fraca.


Texto Anterior: Ortodoxia: Lula quer meta de inflação maior para o ano que vem
Próximo Texto: Pé no freio: Juro não traz risco ao Brasil, diz Taylor
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.