São Paulo, quinta-feira, 20 de abril de 2006

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África deve ter crescimento sustentável

DO ENVIADO ESPECIAL A WASHINGTON

Depois de décadas perdidas em termos econômicos, a África deverá finalmente consolidar em 2006 e 2007 uma trajetória de crescimento sustentável.
A região sub-saariana, a mais pobre do mundo, deverá alcançar uma taxa de crescimento da ordem de 5,8% neste ano -o maior em 30 anos.
Boa parte do desempenho positivo registrado na região é conseqüência da contínua elevação nos preços do petróleo, que têm beneficiado países produtores como Nigéria, Angola e República do Congo.
Mas a recuperação econômica atinge também os países não-produtores do combustível que, segundo avaliação do Fundo Monetário Internacional (FMI), têm levado adiante reformas estruturais importantes.
O processo de aquecimento da economia global como um todo ainda beneficia especialmente os países produtores de alimentos no continente africano. Além de atender à demanda interna, contribuindo para segurar a inflação, a produção desses países tem registrado excedentes exportáveis.
Além disso, nos últimos anos, o FMI perdoou cerca de US$ 2,5 bilhões em dívidas de 13 países africanos, contribuindo para uma melhora também nas contas externas.

Pobreza persistente
Em termos gerais, porém, a região continua figurando como a mais pobre do planeta e ainda está longe de atingir as chamadas Metas do Milênio, que perseguem a melhora de uma série de indicadores sociais.
Em termos macroeconômicos, apesar da recuperação, a região também continua a sustentar algumas das maiores taxas de inflação do planeta. Na média, a África sub-saariana segue com níveis de inflação de dois dígitos (10,7%).
Em toda a região, o pior desempenho é o do Zimbábue, cujo panorama contrasta fortemente com os outros países. Em 2006, a antiga colônia inglesa sofrerá com uma inflação anual de 850% e com queda de quase 5% em seu PIB (Produto Interno Bruto). (FCZ)


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