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BANCOS
Mudança ainda precisa de confirmação por decreto do presidente Lula
Aumenta limite para estrangeiro no BB
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O governo decidiu aumentar de
5,6% para 12,5% o limite para a
participação estrangeira no Banco do Brasil. A medida foi tomada
ontem pelo CMN (Conselho Monetário Nacional), com o objetivo
de tornar mais competitiva a oferta de ações do banco que o governo está planejando desde o início
de fevereiro.
Para entrar em vigor, o novo limite para a participação estrangeira no BB ainda precisa ser confirmado por um decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Há dois meses, os maiores acionistas -Tesouro Nacional,
BNDES e Previ (fundo de pensão
dos funcionários do BB)- anunciaram a intenção de vender na
Bolsa de Valores parte de suas
ações no BB. Ao todo, será oferecido o equivalente a 7,5% do capital do banco. Ainda não foi marcada a data do leilão.
Ao aumentar o limite para a
participação de acionistas estrangeiros no BB, o governo pretende
permitir que esses investidores
participem da oferta. Atualmente,
investidores de outros países possuem cerca de 3,5% do capital do
banco. Ou seja, o antigo limite
praticamente inviabilizava a compra das ações do BB por parte de
investidores de fora do Brasil.
Juntos, Tesouro, BNDES e Previ
possuem cerca de 92% do capital
do banco. Desde o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) existem planos para que seja vendida parte das ações no
mercado.
Oferta frustrada
Em 2002 chegou a ser realizado
um leilão. Mas, apesar da boa procura registrada entre pessoas físicas, houve pouco interesse por
parte de grandes investidores, e o
negócio não se concretizou.
A idéia do governo é fazer essa
nova tentativa de venda até o final
deste semestre, para evitar que a
proximidade das eleições prejudiquem, de alguma forma, a oferta.
Embora os detalhes da operação
ainda não estejam definidos, o
uso do FGTS -que foi permitido
na venda de ações da Vale do Rio
Doce e da Petrobras- não deve
ser liberado.
Novo Mercado
A venda de ações do BB é mais
um passo do banco na tentativa
de ingressar no Novo Mercado,
segmento da Bovespa em que são
negociados papéis de empresas
com um nível maior de transparência nas suas gestões.
Uma das exigências para as empresas que querem fazer parte do
Novo Mercado é ter pelo menos
25% de suas ações negociadas em
Bolsa. Ao abrir 7,5% de seu capital
para o setor privado, o BB dá mais
um passo nessa direção.
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