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MERCADO FINANCEIRO
Patamar chegou a ser rompido durante o pregão; dólar cai pelo terceiro dia seguido e vai a R$ 2,115
Bolsa sobe 0,92% e encosta nos 40 mil pontos
DENYSE GODOY
DA FOLHA ONLINE
A Bovespa teve ontem seu terceiro dia seguido de alta e alcançou novo patamar recorde: fechou aos 39.937 pontos, com alta
de 0,92% e giro de R$ 2,395 bilhões. Durante o dia, a Bolsa bateu
a máxima de 40.026 pontos com a
nova onda de otimismo que atingiu o mercado. A euforia teve início após a divulgação da ata da última reunião do comitê de política monetária do Fed (Federal Reserve, banco central norte-americano), que indicou o fim do aperto monetário nos EUA.
Também alimentou o clima positivo a expectativa de queda da
Selic, a taxa básica de juros da
economia brasileira. A decisão da
autoridade monetária de cortar
os juros em 0,75 ponto percentual, para 15,75% ao ano, só saiu
após o final do expediente, mas
deve influenciar o humor do mercado hoje, ajudando a Bovespa a
se manter no nível de 40 mil pontos no curto prazo.
Mais uma vez, o aumento dos
preços do petróleo -o barril chegou aos US$ 72,80 em Nova York,
maior valor da história- foi ignorado, assim como o CPI (Índice de Preços ao Consumidor) dos
EUA, que ficou em 0,4% em março, com núcleo de 0,3%, acima
das projeções dos analistas. Os
rendimentos dos treasuries (títulos do Tesouro norte-americano)
de dez anos atingiram 5,02%, mas
o mercado manteve a previsão de
que, depois de um aumento de
0,25 ponto percentual em maio, a
taxa de juros norte-americana deve se manter em 5% ao ano por alguns meses.
Na terceira baixa consecutiva, o
dólar comercial caiu 0,14% e terminou a quarta-feira aos R$ 2,115
-menor valor desde 16 de março. "O fluxo de entrada de recursos no mercado continua forte,
por isso a moeda não consegue
sustentar uma elevação, mesmo
com as compras que o Banco
Central faz no mercado à vista
diariamente e a retomada das
ofertas de contratos de "swap"
cambial reverso", diz Paulo Souza
Pinto, operador de câmbio da
corretora Intra.
Nas ofertas de "swap" cambial,
a instituição financeira que compra os contratos recebe, ao final
do período, a variação dos juros,
enquanto o BC ganha a do dólar.
A operação, que não era realizada
desde o início de março, equivale
a uma compra de dólares pelo BC
no mercado futuro, para impedir
novas quedas da moeda norte-americana.
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