São Paulo, sexta-feira, 20 de abril de 2007

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Estudo vê risco de apagão maior que o previsto

PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO

O risco de faltar energia a partir de 2010 é muito maior do que estima o governo. Chega a 8% num cenário de crescimento econômico de 4% e sem nenhum atraso na entrada em operação de usinas, o que é muito pouco provável. Sobe para 12,5%, se o país crescer os 5% projetados pelo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
O diagnóstico é de estudo do Instituto Acende Brasil, que reúne as empresas privadas do setor de energia.
A estatal EPE (Empresa de Planejamento Energético) estima risco máximo de racionamento de 3,1% em 2010 para as regiões Sudeste e Centro-Oeste (muda de acordo com a região), abaixo do teto "aceitável" de 5% considerando os altos custos para zerar o risco com investimentos em capacidade adicional de geração de energia.
O presidente da EPE, Maurício Tolmasquim, disse que o estudo parte de "uma premissa errada" ao desconsiderar que serão feitos em 2007 dois leilões de concessão de usinas para atender o mercado a partir de 2010.
Já Cláudio Salles, presidente do Instituto Acende, diz que o risco de um novo apagão é iminente. Será preciso, em 2010, cortar, ao menos, 8% do consumo de energia do país com forte impacto no nível de atividade.
O risco sobe ainda mais, diz Salles, diante da previsão de atrasos de vários projetos. Num cenário de crescimento de 5% do PIB e de usinas fora do prazo, o risco aumenta para 23,5% em 2010.


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