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Estudo vê risco de apagão maior que o previsto
PEDRO SOARES
DA SUCURSAL DO RIO
O risco de faltar energia a
partir de 2010 é muito maior
do que estima o governo.
Chega a 8% num cenário de
crescimento econômico de
4% e sem nenhum atraso na
entrada em operação de usinas, o que é muito pouco provável. Sobe para 12,5%, se o
país crescer os 5% projetados pelo PAC (Programa de
Aceleração do Crescimento).
O diagnóstico é de estudo
do Instituto Acende Brasil,
que reúne as empresas privadas do setor de energia.
A estatal EPE (Empresa de
Planejamento Energético)
estima risco máximo de racionamento de 3,1% em 2010
para as regiões Sudeste e
Centro-Oeste (muda de
acordo com a região), abaixo
do teto "aceitável" de 5%
considerando os altos custos
para zerar o risco com investimentos em capacidade adicional de geração de energia.
O presidente da EPE,
Maurício Tolmasquim, disse
que o estudo parte de "uma
premissa errada" ao desconsiderar que serão feitos em
2007 dois leilões de concessão de usinas para atender o
mercado a partir de 2010.
Já Cláudio Salles, presidente do Instituto Acende,
diz que o risco de um novo
apagão é iminente. Será preciso, em 2010, cortar, ao menos, 8% do consumo de energia do país com forte impacto
no nível de atividade.
O risco sobe ainda mais,
diz Salles, diante da previsão
de atrasos de vários projetos.
Num cenário de crescimento
de 5% do PIB e de usinas fora
do prazo, o risco aumenta
para 23,5% em 2010.
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