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Com ganho em dólar, Vale é saída segura
DA REPORTAGEM LOCAL
Em momentos de estresse, em
que o dólar e o risco do Brasil sobem, empresas exportadoras, como a Companhia Vale do Rio Doce, são consideradas um porto seguro para os investidores do mercado de ações.
Desde o início do ano, Vale já
subiu 32,40%, enquanto o Ibovespa perdeu 6,47%. Quem investiu,
em 27 de março, o FGTS em suas
ações ON já está com ganho médio acumulado no ano de 26,54%.
Quanto mais o dólar sobe,
maior tende a ser o lucro da Vale.
Isso porque sua receita é quase
100% vinculada ao dólar. Petrobras também tem esse perfil, mas
tem dois pontos negativos que
Vale não tem: ser controlada pelo
governo e vender um produto, no
caso, o petróleo, cujo preço oscila
dramaticamente.
"Enquanto a cotação do petróleo pode oscilar num dia 5% ou
mais, a do minério de ferro [comercializado pela Vale] não chega
a apresentar tal variação em um
ano", observa André Querne,
analista da corretora Máxima.
Como a questão eleitoral está
longe de ser resolvida e a do preço
do petróleo também, a tendência
daqui para a frente é que Vale sofra menos vaivém que Petrobras.
Porém a sua valorização não deverá ser tão expressiva a médio e
longo prazos.
O raciocínio é que Vale já subiu
bastante e está mais próxima do
que seria o seu preço justo do que
está Petrobras.
Na sexta-feira, o papel ON fechou em R$ 68,85. O seu preço
justo projetado para o fim de 2002
está em torno de R$ 72.
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