São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

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Com ganho em dólar, Vale é saída segura

DA REPORTAGEM LOCAL

Em momentos de estresse, em que o dólar e o risco do Brasil sobem, empresas exportadoras, como a Companhia Vale do Rio Doce, são consideradas um porto seguro para os investidores do mercado de ações.
Desde o início do ano, Vale já subiu 32,40%, enquanto o Ibovespa perdeu 6,47%. Quem investiu, em 27 de março, o FGTS em suas ações ON já está com ganho médio acumulado no ano de 26,54%.
Quanto mais o dólar sobe, maior tende a ser o lucro da Vale. Isso porque sua receita é quase 100% vinculada ao dólar. Petrobras também tem esse perfil, mas tem dois pontos negativos que Vale não tem: ser controlada pelo governo e vender um produto, no caso, o petróleo, cujo preço oscila dramaticamente.
"Enquanto a cotação do petróleo pode oscilar num dia 5% ou mais, a do minério de ferro [comercializado pela Vale] não chega a apresentar tal variação em um ano", observa André Querne, analista da corretora Máxima.
Como a questão eleitoral está longe de ser resolvida e a do preço do petróleo também, a tendência daqui para a frente é que Vale sofra menos vaivém que Petrobras. Porém a sua valorização não deverá ser tão expressiva a médio e longo prazos.
O raciocínio é que Vale já subiu bastante e está mais próxima do que seria o seu preço justo do que está Petrobras.
Na sexta-feira, o papel ON fechou em R$ 68,85. O seu preço justo projetado para o fim de 2002 está em torno de R$ 72.


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