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COMÉRCIO
Alta é recorde em relação ao mesmo período de 2003
Vendas no varejo têm crescimento de 11,36% em março, aponta IBGE
CHICO SANTOS
DA SUCURSAL DO RIO
O volume de vendas do comércio varejista brasileiro, medido
pelo IBGE, bateu recorde de crescimento em março, recuperando-se sobre o também recorde, porém negativo, de março de 2003.
Com isso, o comércio completou
o quarto mês consecutivo de desempenho positivo, após uma série de 12 meses negativos.
O crescimento de março, liderado por bens duráveis (móveis e
eletrodomésticos), alcançou
11,36%, invertendo a perda de
11,35% de março de 2003. No primeiro trimestre deste ano, o volume de vendas cresceu 7,48%, contra uma queda de 5,21% no mesmo período do ano passado. Em
12 meses, o indicador ainda é negativo (-0,61%). "Não é que o primeiro trimestre de 2004 tenha sido excepcional. A base de comparação é que estava muito ruim",
resumiu Nilo Macedo, responsável pela PMC (Pesquisa Mensal de
Comércio) do IBGE.
Os bens de consumo duráveis lideraram a relativa recuperação
do comércio tanto em março como no começo deste ano. Os móveis e eletrodomésticos tiveram
em março crescimento de 36,57%
no volume de vendas e acumularam alta de 23,78% no trimestre,
contra queda de 9,97% no primeiro trimestre de 2003.
As vendas de veículos, motos e
partes, que, embora façam parte
da pesquisa, não são usadas na
composição do indicador geral do
varejo, cresceram 32,03% em
março, após caírem 0,82% em fevereiro. No trimestre, cresceram
12,65% (queda de 10,09% no primeiro trimestre do ano passado).
Para Macedo, mais do que a
queda dos juros e o aumento da
oferta de crédito, o crescimento
da venda dos bens duráveis reflete
a recuperação por parte do consumidor da coragem para comprar algo mais caro, assumindo,
em geral, uma dívida.
Outro segmento que inclui bens
duráveis, o de equipamentos e
materiais para escritório, informática e comunicação, teve em
março crescimento de 51,04%,
sendo recorde setorial tanto no
mês como no trimestre (25,18%).
Mas, segundo Macedo, é um setor que apresenta picos e vales de
vendas, dependendo de concorrências de grandes empresas.
Alimentos
O setor de super e hipermercados, alimentos, bebidas e fumo e o
de tecidos, vestuário foram os de
pior desempenho, tanto em março como no acumulado do trimestre. O primeiro teve crescimento de 4,42% no mês e de
4,14% no trimestre, enquanto o
segundo apresentou aumento de
vendas de 7,33% em março, mas
só de 1,08% no trimestre.
Segundo Macedo, o setor de alimentos e bebidas caiu muito na
crise, e o efeito da base de comparação é mais forte que em qualquer outro -é mais dependente
da renda que do crédito.
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