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TANGO
Mas abril já reflete crise energética
PIB argentino cresce 10,5% no 1º trimestre
CLÁUDIA DIANNI
DE BUENOS AIRES
A economia argentina cresceu
10,5% no primeiro trimestre deste
ano com relação aos três primeiros meses de 2003. O resultado
demonstra que a atividade econômica nesse período retornou aos
níveis de antes da desvalorização
do peso e da moratória da dívida
argentina, em 2001.
No entanto, os dados não incluem as perdas que a indústria já
começou a sofrer por causa da crise energética. Em abril, a atividade industrial sofreu queda de
3,9% com relação a março.
As indústrias começaram a ter o
fornecimento de gás e energia
cortado em abril. Segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e
Censo (Indec) da Argentina, o resultado do PIB (Produto Interno
Bruto) de abril deverá ser influenciado pela menor atividade industrial. O PIB vinha crescendo
constantemente desde janeiro,
quando a economia teve expansão de 9,2% em relação ao mesmo
mês de 2003. Em fevereiro, foi de
10,1%, e em março, de 11,9%.
Apesar de o país ter recuperado
os níveis de atividade econômica
pré-desvalorização, os índices
ainda estão 10% abaixo do pico de
expansão da economia registrado
em maio de 98, segundo o Indec.
O ministro da Economia, Roberto Lavagna, já admitiu que o
PIB terá crescimento menor do
que o previsto neste ano por causa
da falta de energia. As previsões
eram de expansão entre 6% e 7%.
Segundo Lavagna, o crescimento
não deverá ultrapassar 5,5%.
O orçamento para 2004 foi feito
com base em um crescimento de
4%, conforme acertado com o
FMI (Fundo Monetário Internacional). Por causa do reaquecimento econômico, a arrecadação
argentina cresceu 32% no primeiro quadrimestre. O governo estima um superávit de 7,8 bilhões de
pesos (cerca de R$ 8 bilhões) neste ano. Ontem, Lavagna disse que
o governo pretende gastar 2 bilhões com a crise de energia e aumentar os gastos sociais, além de
destinar parte do superávit ao pagamento da dívida em "default".
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