São Paulo, quinta-feira, 20 de maio de 2004

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TELES

Mexicano vê monopólio no setor

Embratel competirá na telefonia local, diz Slim

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A Embratel competirá na telefonia local no Brasil, disse o dono da Telmex, Carlos Slim, que comprou a operadora em abril. Segundo ele, os serviços são prestados em regime de monopólio ou "quase monopólio" pelas concessionárias.
Slim teve ontem audiência com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com o ministro das Comunicações, Eunício Oliveira.
A Telmex comprou a Embratel da norte-americana MCI por aproximadamente US$ 400 milhões. A operação foi aprovada pela Corte de Falências de Nova York, mas, no Brasil, ainda precisa ser aprovada pela Agência Nacional de Telecomunicações e pelo Cade Conselho Administrativo de Defesa Econômica.
"A Embratel é justamente a alternativa de competição em um mercado que hoje é monopólio", disse Slim, ao se referir à telefonia local. Segundo ele, há competição só na telefonia móvel e nos serviços de ligações de longa distância. Slim afirmou que a Embratel será "um competidor nos serviços que são prestados em regime de monopólio ou quase monopólio".
A empresa mexicana disputou a Embratel com um consórcio formado pelas concessionárias de telefonia local (Telefônica, Telemar e Brasil Telecom). Na edição de 25 de abril, a Folha revelou que as três empresas de telefonia fixa, caso comprassem a Embratel, tinham intenção de alinhar as "tarifas pelo teto". Elas projetavam ganhos de até R$ 750 milhões com a "união das teles". A SDE (Secretaria de Direito Econômico) investiga as concessionárias por práticas anticompetitivas.
O governo brasileiro deverá fazer uma proposta de "golden share" (ação especial com direito a voto e veto em determinados assuntos) para a Star One, operadora de satélites da Embratel. A proposta será apresentada à Telmex na segunda ou na terça-feira.
O governo brasileiro quer ter o controle sobre as atividades da Star One porque considera os satélites estratégicos.


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