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MERCADO ABERTO
Projeto prevê anistia a repatriamento
Já circula entre empresários e
banqueiros o projeto de lei
de número 5.228, do deputado José Mentor (PT-SP), que
institui a anistia fiscal para as
pessoas físicas ou jurídicas que,
no prazo de seis meses, promoverem a legalização ou o repatriamento de recursos não-declarados no exterior. O projeto também extingue a punibilidade dos
delitos relativos ao repatriamento dos recursos não-declarados.
O projeto de lei do deputado
não se aplica às pessoas físicas
que tenham sido condenadas pela prática de tráfico de pessoas,
órgãos e entorpecentes, por contrabando de armas, pornografia
infantil, incluindo via internet,
terrorismo, crimes contra a administração pública, contra o sistema financeiro nacional e relações de consumo.
O projeto de lei apresentado
por Mentor é fruto do trabalho
do deputado como relator da CPI
do Banestado, que ainda não foi
concluída. Segundo Mentor, estimativas da CPI do Banestado
dão conta de que algo entre R$ 90
bilhões e R$ 150 bilhões foram remetidos ilegalmente para o exterior. "Esses valores dariam novo
impulso à economia", disse.
Segundo ele, o ingresso desse
dinheiro do exterior seria importante para baixar os juros, aumentar os investimentos e gerar
novos empregos. Sobre os efeitos
da valorização do real em relação
a outras moedas, Mentor disse
que o governo tem condições de
estimular as exportações, por
meio de benefícios fiscais.
Depois de ter apresentado o
projeto, Mentor pretende se encontrar com os ministros José
Dirceu (Casa Civil) e Antonio Palocci Filho (Fazenda), além do
presidente da Câmara, Severino
Cavalcanti, para tentar obter o
caráter de urgência à medida.
No início do governo Lula, a
idéia chegou a ser debatida como
proposta para estimular o crescimento da economia. A proposta
esbarrou, no entanto, na Receita.
O receio é o de a anistia provocar
uma anarquia fiscal.
GARGALO SETORIAL
Impulsionada pela demanda maior de setores como o de celulose e o
de alumínio, a indústria brasileira de soda cáustica viu o consumo da
substância crescer 8,1% no primeiro trimestre ante o mesmo período de
2004. Segundo o presidente da Abiclor (Associação Brasileira de Cloro,
Álcalis e Derivados), Carlos Tieghi, hoje o país não tem capacidade para
atender ao mercado e necessita importar cerca de 400 mil toneladas de
soda cáustica por ano. Os investimentos anunciados no fim de 2004, diz,
só devem surtir efeito na ampliação da capacidade a partir de 2007.
MEC VETA FIPE
O Ministério de Educação negou o pedido de credenciamento
apresentado pela Fipe para ministrar cursos de MBA. O veto foi
dado por seis votos a cinco pela
Câmara de Educação Superior
do CNE (Conselho Nacional de
Educação) do ministério. A Fipe
entrou com recurso, que será julgado pelo conselho pleno do
CNE, em reunião em julho. Caso
seja negado, a Fipe pretende recorrer à Justiça comum. No recurso da Fipe ao CNE, a fundação, conhecida como um celeiro
de economistas tucanos, questiona os motivos do veto. A Fipe
suspeita que a decisão tenha sido
tomada por motivos políticos,
apesar de ela ter alguns economistas que trabalham na assessoria do ministro Palocci.
CONFIRMADO
Será anunciada hoje a confirmação do nome de Roberto Lima para a presidência da Vivo,
no lugar de Francisco Padinha,
que volta para Portugal para assumir um cargo na Portugal Telecom. Lima presidia o Credicard e seu desafio, agora, será o
de recuperar as perdas de participação no mercado da Vivo nos
últimos meses para suas principais concorrentes, a TIM e a Oi.
FEBRE DO CELULAR
A febre dos celulares com câmera já é sentida pelas empresas.
Na Samsung, por exemplo, as
vendas desses aparelhos já superam as dos modelos convencionais neste ano. "A tendência é
que, no futuro, todos os celulares
tenham câmera, mas o preço
ainda é um impeditivo", diz Valmir Requena, diretor de contas
da empresa. As vendas maiores
animam a Samsung a apostar em
modelos mais sofisticados. Ela
lança nesta semana, com a Claro,
o D500, primeiro celular do país
com flash embutido e câmera capaz de registrar um filme de até
duas horas. O aparelho pode
custar até R$ 1.800.
FINANCIAMENTO
A diretoria do BNDES aprovou
nesta semana a primeira operação da nova linha prosoft exportação, na esfera do BNDES-Exim
Pré-Embarque, de apoio às vendas externas de softwares e serviços de TI. A Inttegra Investimentos Empresariais receberá US$
1,5 milhão para desenvolver e
vender para os EUA o software
Network Cockpit. O valor total
do contrato fechado com a americana Agilent Technologies, que
importará o programa brasileiro, é de US$ 3,846 milhões.
NAS ONDAS DA DASLU
Depois da megabutique de
luxo, a rádio e o selo Daslu. A
grife acaba de fechar parceria
com a Jovem Pan para operar
uma rádio no interior da nova
Daslu com uma programação
própria, a ser definida pelas
irmãs Roberta e Flávia Eluf. O
acordo com Antonio Augusto Amaral de Carvalho Filho,
o Tutinha, dono da Jovem
Pan, foi fechado por Eliana
Tranchesi, dona da Daslu, e
Donata Meirelles, diretora da
divisão de importados da loja.
A rádio dará origem ao selo
Daslu, a exemplo da famosa
grife francesa Colette. A nova
loja da Daslu, na Vila Olímpia, em SP, será inaugurada
em 4 de junho. Será a maior
butique de luxo da América
Latina e ocupará um espaço
de 17 mil m2 em três andares.
A antiga Daslu fechará as portas no dia 25 de maio.
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