|
Próximo Texto | Índice
Mercado Aberto
@- guilherme.barros@uol.com.br
Rentabilidade de bancos cai com queda do juro
A queda dos juros já começa a
fazer efeito sobre os balanços
dos bancos. A rentabilidade dos
maiores bancos do país caiu no
primeiro trimestre em relação
ao mesmo período do ano passado. Segundo estudo da Austin
Rating, a rentabilidade caiu de
30,6% em 2006 para 25,9%
neste ano.
O trabalho da Austin Rating
levou em conta os balanços já
publicados por nove instituições financeiras. A maior queda de rentabilidade foi do Banco do Brasil, que registrou uma
redução de 48,8% para 26%.
Dos nove bancos, apenas quatro registraram aumento.
A rentabilidade foi medida
com base no resultado líquido
dividido pelo patrimônio líquido em taxa anualizada.
Segundo Erivelto Rodrigues,
da Austin Rating, essa queda da
rentabilidade se deve basicamente à queda da taxa básica de
juros, a Selic. No primeiro trimestre do ano passado, a média
da Selic foi de 16,5%; e, agora,
caiu para 12,75%. Em função
dessa baixa, a carteira dos bancos também registrou uma remuneração menor.
Para compensar essa perda,
os bancos terão de apostar no
aumento da concessão de crédito para ganhar escala e melhorar a eficiência. De acordo
com Rodrigues, ao ter que aumentar a oferta de crédito,os
bancos terão de se preocupar
mais com a qualidade dos empréstimos, principalmente
porque as maiores apostas terão de ser feitas nos segmentos
de pessoas físicas e de pequenas e médias empresas.
São dois segmentos que têm
potencial grande de crescimento, mas que representam um
risco elevado. "Ao emprestar,
os bancos terão de ser muito
criteriosos e solicitar mais garantias", diz Rodrigues. "É cada
vez mais importante que os
bancos continuem melhorando
de forma frenética a eficiência."
O problema é que as grandes
empresas, aquelas que têm um
risco menor de crédito, possuem outras alternativas para a
captação de recursos.
Em vez dos empréstimos
bancários, essas empresas podem abrir o capital, emitir
ações, criar um fundo de investimento em direitos creditórios
ou ainda recorrer ao capital externo, entre outras opções. São
alternativas mais baratas do
que os empréstimos bancários.
Nessa nova fase, Rodrigues
diz que os bancos terão de baixar os "spreads" para atrair
mais empresas interessadas em
recorrer aos empréstimos. O
governo, na sua opinião, poderia dar sua contribuição seja
por meio da adoção do cadastro
positivo ou com medidas que
reduzam o peso da cunha fiscal
e do compulsório sobre o
"spread".
LAVANDERIA
A Unilever se prepara para as comemorações dos 50 anos
de sua maior marca em faturamento no país. O Omo, criado
em 1957, quando os consumidores usavam apenas sabão em
barra, recebeu R$ 25 milhões de investimento para os festejos. Entre as ações que a empresa programou para comemorar estão a repaginação de embalagens, uma festa na praia
de Copacabana, no Rio, concursos e premiações. "O investimento nesta data é relevante, a marca está em 32 milhões de residências", afirma Fábio Prado, vice-presidente de marketing da Unilever.
MAMADEIRA
A Nestlé inaugura, em junho, sua maior fábrica de fórmulas infantis -leites modificados para bebês- no mundo. Com investimento de R$ 120 milhões, ela terá a mais
avançada tecnologia. A unidade, que será a 28ª fábrica da
empresa no país, ficará em Araçatuba (SP). No Brasil, a
empresa já tem uma fábrica de fórmulas infantis em Minas Gerais. Segundo Ivan Zurita, presidente da Nestlé,
40% da produção será voltada para exportação.
NO MERCADO
A Condere Participações
(Condere PAR) chega ao
mercado, no comando de
Ruy Campos, ex-vice-presidente da Whirlpool para a
América Latina, ao lado de
Paulo Cury. O foco é a atuação como investidora e gestora em empresas parceiras.
CULTURAL
Ex-ministro britânico da
Cultura, Mídia e Esportes, o
lorde Chris Smith chega
nesta semana ao Brasil a
convite do British Council.
Na quinta, ele fala na Secretaria de Estado da Cultura
de São Paulo sobre políticas
e fundos públicos.
OLFATO
O grupo L'Oréal (Giorgio
Armani, Ralph Lauren, Cacharel, Paloma Picasso, Guy
Laroche e Viktor & Rolf)
manteve a liderança no ranking de perfumes de luxo no
Brasil no primeiro trimestre
deste ano, segundo pesquisa
do instituto Segmenta.
TECNOLOGIA
A Fundação Dom Cabral
criou uma ramificação do
Paex (Parceiros Para Excelência), parceria de médias
empresas para trocar experiências em gestão e negócios, voltado para as empresas de base tecnológica. O
Paex Tech oferecerá treinamento e aporte para pequenas e médias empresas que
precisam de inovação, pesquisa e desenvolvimento. O
primeiro grupo é de Santa
Rita do Sapucaí (MG).
EXPANSÃO
O setor de leasing fechou
244,5 mil novos contratos,
que totalizaram R$ 8,6 bilhões no primeiro trimestre.
O índice é 50,8% maior do
que o registrado no mesmo
período do ano anterior, segundo a Abel (associação de
empresas de leasing). Em
março, o Valor Presente da
Carteira também teve expansão e alcançou R$ 37,5
bilhões, alta de 56,7% ante o
apresentado no mesmo mês
de 2006, quando atingiu R$
23,9 bilhões (veja ao lado
performance da carteira).
TETO
A Caixa financiou, neste
ano, mais de 26 mil unidades
de habitação rural no Brasil.
Para essa linha de crédito, os
moradores receberão em
subsídios do FGTS um total
de R$ 192,527 milhões. A
meta para o ano era financiar 28.210 unidades, mas,
até o dia 16, já foi usado 94%
do orçamento.
PROTESTOS
Em abril, foram apresentados no serviço central de
protestos 201.641 títulos,
contra 233.692 em março,
segundo o Instituto de Protesto de Títulos de SP. Foram devolvidos como irregulares 21.111 títulos, que
não puderam ser intimados.
Próximo Texto: Índices apontam melhor momento do país Índice
|