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Comércio e indústria divergem sobre as conseqüências do real valorizado
DA REDAÇÃO
A apreciação do real provoca
reações distintas entre o comércio e a indústria, já que esta
última tem setores que estão
perdendo a competitividade
por causa do câmbio.
Como lembra o economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio, Carlos Thadeu de Freitas, "não importa a
origem dos produtos, sejam
eles bens de consumo duráveis
ou não-duráveis", a queda do
dólar não afetou o setor.
Segundo o IBGE, no primeiro trimestre, na comparação
com o mesmo intervalo em
2006, as vendas já acumularam
um crescimento de 9,7%, o melhor resultado para o período
em toda a série histórica, iniciada em 2002.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) não quis comentar o assunto, mas o presidente da Fiesp (Federação das
Indústrias do Estado de São
Paulo), Paulo Skaf, ressaltou
que o câmbio atual prejudica
até as empresas competitivas.
Sobre a redução do preço de
alguns produtos para o consumidor, ele rebateu dizendo que
"o povo precisa de emprego" e
criticou o aumento das importações da China, que disse "ter
práticas desleais de comércio".
O recente aumento do imposto de importação para têxteis e calçados foi defendido
por Skaf como uma das medidas necessárias para reduzir os
efeitos do câmbio.
(TR)
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