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Rondônia
prevê novo fluxo migratório
DA REPORTAGEM LOCAL
Os dois megaprojetos hidrelétricos (usinas de Santo
Antônio e Jirau) que serão
construídos no rio Madeira
(RO) devem atrair mais de
20 mil pessoas para o Estado.
O novo ciclo migratório será
necessário devido à impossibilidade de a mão-de-obra
disponível no Estado atender à nova demanda. Segundo a Secretaria de Planejamento de Rondônia, no auge
da construção das duas usinas, mais de 13 mil trabalhadores serão necessários.
"O Grupo Odebrecht e o
governo do Estado tentam
formar o maior número possível de trabalhadores para
Santo Antônio, mas sabemos
que não será possível atender a toda a demanda sem a
vinda de gente de outras regiões do país", explica João
Carlos Ribeiro, secretário de
planejamento. Neste momento, 6.000 pessoas estão
em programas intensivos de
formação para trabalhar na
construção da usina de Santo
Antônio, sob a responsabilidade do Grupo Odebrecht.
Segundo ele, não só as duas
obras deverão atrair gente,
mas estas servirão de vetores
para para outras demandas.
"São negócios periféricos
que serão movimentados e
aos quais o Estado não tem
condições de atender com a
mão-de-obra local apenas",
disse Ribeiro. Há duas preocupações neste momento em
Rondônia: moradia e alimentação. O déficit habitacional existente no Estado
poderá aumentar.
O abastecimento é o segundo problema já esperado
pelo governo. Rondônia expandiu a produção de alimentos nos últimos anos.
Hoje, o Estado tem um plantel de 12 milhões de cabeças
de bovinos e um complexo de
abate orientado a exportar. É
ainda um grande produtor
de grãos, principalmente de
feijão e arroz, mas a avaliação do governo é de que será
necessária a importação de
produtos industrializados.
(AB)
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