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Brasil avança, mas é só o 40º em ranking de competitividade
Entre as deficiências, está a
infraestrutura; EUA lideram
DENYSE GODOY
DA REPORTAGEM LOCAL
Pelo segundo ano consecutivo, o Brasil subiu no ranking
mundial de competitividade
elaborado pela escola de negócios suíça IMD (International
Institute for Management Development). Em 2009, avançou
três posições e passou a ser o
40º entre 57 nações. Nesse degrau, ainda é considerado um
dos que menos têm condições
de disputar o mercado internacional, no entanto.
As principais fraquezas residem na falta de eficiência do
governo em todas as esferas
-nesse quesito, o Brasil fica em
52º na lista- e de infraestrutura, o que inclui as bases tecnológicas, cientificas, de educação, saúde pública e ambiente.
O desempenho econômico,
especialmente no que diz respeito à atividade doméstica, é a
sua principal força.
"Falamos de um processo, e
temos que olhar os dados em
perspectiva para saber que estamos caminhando na direção
correta enquanto a maioria dos
países do ranking ficou estável
ou caiu de posição", afirma Carlos Arruda, professor da Fundação Dom Cabral e coordenador do estudo no Brasil.
No "teste de estresse" da
IMD, que mede a preparação
das nações para enfrentar a crise, o Brasil aparece como o 22º.
Estar na porção intermediária
da lista -entre os primeiros e
os últimos- significa que o país
precisa que os EUA e a Europa
voltem a crescer para melhorar
também, pois, como aponta a
IMD, ainda é incapaz de se firmar sozinho. "No atual cenário,
vários defeitos do Brasil -como o fato de ser muito fechado
para transações internacionais- acabaram se mostrando
favoráveis", afirma Arruda.
EUA em 1º
Apesar de terem sido o epicentro da crise, os EUA se mantêm no primeiro lugar do ranking de competitividade. "O
país ainda tem elevada capacidade de inovação, tecnologia e
infraestrutura sólida", afirma
Suzanne Rosselet-McCauley,
vice-diretora do Centro de
Competitividade Mundial da
IMD. "É como um atleta que
machucou o pé. Toda a sua habilidade continua intacta",
compara Arruda.
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