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SDE investiga Marítima
ISABEL VERSIANI
da Sucursal de Brasília
A SDE (Secretaria de Direito
Econômico) abriu, ontem, um
processo administrativo para
apurar denúncias de que a Marítima Petróleo e Engenharia e
a Eisa (Estaleiro Ilha S/A) praticaram cartelização.
A SDE investigará a atuação
das duas empresas na disputa
de uma licitação promovida
pela Petrobrás, em 1997, para o
conserto de uma plataforma de
petróleo.
As duas companhias foram as
únicas concorrentes na licitação, que acabou sendo ganha
pela Marítima. A suspeita é que
as empresas tenham discutido
previamente entre si as propostas que apresentariam na concorrência, o que caracterizaria
formação de cartel.
A secretaria também tem a
informação de que as duas
companhias teriam acertado
um contrato de indenização estabelecendo que a vencedora
da concorrência pagaria uma
compensação de US$ 1 milhão
à empresa perdedora.
O contrato para a reforma da
plataforma da Petrobrás tinha
um valor inicial de US$ 32,5
milhões. Cláusulas aditivas introduzidas ao longo do contrato elevaram esse valor para US$
58,7 milhões. Uma comissão de
sindicância formada na Petrobrás para investigar o caso não
se pronunciou sobre a possível
cartelização.
A Marítima e a Eisa terão 15
dias para encaminhar esclarecimentos sobre o caso à SDE.
Procurada ontem, a Marítima não havia comentado o caso até o fechamento desta edição. A Folha não conseguiu fazer contato com a Eisa.
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