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PREVIDÊNCIA
Entidade encabeça lista dos maiores rombos
Fundo da Petrobras tem falta de reservas de R$ 4 bilhões, diz SPC
JULIANNA SOFIA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
A Petros -fundo de pensão dos
funcionários da Petrobras e o terceiro maior do país no ranking de
ativos- encabeça a lista das 86
entidades com insuficiência de reservas para pagar aposentadorias,
pensões e benefícios a serem concedidos no futuro.
A lista deverá ser divulgada pelo
Ministério da Previdência Social
nos próximos dias. A Folha apurou que a Petros lidera a relação
preparada pela SPC (Secretaria de
Previdência Complementar, órgão do Ministério da Previdência
Social) por apresentar insuficiência de reservas estimada em R$ 4
bilhões.
A Petros confirmou que aparece
na lista preliminar elaborada pela
secretaria. Segundo a assessoria
de imprensa da entidade, no dia 8
de maio a Petros recebeu notificação da SPC informando que haviam sido encontrados problemas atuariais na entidade para
honrar o pagamento de benefícios.
Isso aconteceu cinco dias depois
de a secretaria divulgar a existência da lista dos 86 fundos. O nome
dos fundos foi preservado porque
a SPC ainda notificaria as entidades e esperaria confirmação dos
dados.
Em 16 de maio, a Petros enviou
ofício à secretaria pedindo detalhamento sobre a que tipo de problema a SPC se referia.
Em 1º deste mês, de acordo com
a Petros, a resposta da secretaria
chegou. Ontem, a entidade enviou mais informações ao ministério.
Exclusão da lista
A partir desses novos dados, argumenta a Petros, a entidade deverá ser excluída da lista dos 86
fundos. O Ministério da Previdência Social, entretanto, informou que a lista já está fechada.
Na estimativa inicial da SPC, a
insuficiência de reservas acumulada por essas entidades chegava a
R$ 15,4 bilhões.
A Petros esclarece que os R$ 4
bilhões apontados como déficit
atuarial são referentes a uma dívida que a Petrobras tem com o
fundo. Esse valor, de acordo com
a entidade, já consta do balanço
da estatal e deverá ser quitado no
curto prazo.
O acerto da dívida estaria previsto em um convênio firmado
entre a patrocinadora e o fundo
em 1996, que prevê o pagamento
em até 25 anos. A SPC quer, entretanto, que essa garantia seja formalizada em um contrato.
Hoje, o ministro da Previdência,
Roberto Brant, retorna ao ministério depois de viagem ao exterior
e decide quando a relação das entidades será apresentada à imprensa.
Brant está sendo pressionado
pelos fundos a não divulgar a lista
com os nomes dos fundos que
têm problemas financeiros.
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