|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Tesouro prestou socorro também a instituições estaduais e privadas
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os bancos federais não foram
os únicos a apelar para o caixa do
governo para enfrentar suas dificuldades financeiras. Além deles,
instituições estaduais e privadas
também tiveram sua parte no socorro oficial concedido a partir
dos anos 90 e que somou mais de
R$ 80 bilhões.
A maior parte desse dinheiro foi
para os bancos estaduais, que tiveram seu programa de ajuda batizado de Proes (Programa de Incentivo à Redução do Setor Público Estadual na Atividade Bancária). Criado em 1996, ele fazia parte da renegociação das dívidas dos
Estados com a União.
O saneamento dos bancos estaduais custou aproximadamente
R$ 60 bilhões ao Tesouro Nacional, sendo que parte disso foi
compensada com privatizações.
Os recursos serviram para compensar os desequilíbrios financeiros causados por anos de empréstimos malfeitos e desvios de recursos ocorridos ao longo de vários governos estaduais.
O mesmo problema era enfrentado pelos bancos federais, que tiveram o seu Proef (Programa de
Fortalecimento das Instituições
Financeiras Federais) criado em
junho de 2001. Pelo Proef, o governo injetou R$ 12,5 bilhões em
quatro instituições financeiras, e
ainda terá de arcar com o prejuízo
de R$ 11,4 bilhões causado pelos
créditos podres transferidos pela
Caixa ao Tesouro Nacional.
Já os bancos privados passaram
a ter problemas após o Plano Real
(1994), pois muitas instituições
concentravam seus ganhos nas
operações de curto prazo no mercado financeiro, beneficiadas pela
inflação. Com a estabilidade dos
preços, muitos quebraram -foi o
caso, por exemplo, dos bancos
Nacional e Econômico.
O socorro veio em 1995, no
Proer (Programa de Estímulo à
Reestruturação e ao Fortalecimento do Sistema Financeiro Nacional). O BC estima em R$ 4,75 bilhões os prejuízos causados pelo Proer aos cofres públicos.
Texto Anterior: Frases Próximo Texto: Pós-corralito: Após três anos, argentinos voltam a guardar o dinheiro em contas Índice
|