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Lula diz que governo deverá aumentar auxílio a frigoríficos
Presidente afirma que pediu ao BNDES estudo
sobre a situação das indústrias de carne bovina
RODRIGO VARGAS
DA AGÊNCIA FOLHA, EM ALTA FLORESTA
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem, em Alta
Floresta (MT), que pediu ao
BNDES (Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e
Social) a realização de um estudo sobre situação dos frigoríficos do país e sobre uma possível ajuda do governo ao setor.
"Desde que quebrou aquele
frigorífico grande, acho que em
São Paulo, o frigorífico Independência, que eu pedi ao
BNDES para fazer um estudo
sobre toda a situação dos frigoríficos no Brasil inteiro, porque, quando quebra um grande,
devem quebrar centenas de pequenos", afirmou o presidente.
Na semana passada, a rede de
frigoríficos Independência, que
já havia entrado com pedido de
recuperação judicial, anunciou
o fechamento definitivo de três
unidades em Mato Grosso e o
fim das atividades de abate, desossa e logística na unidade de
Nova Andradina, em Mato
Grosso do Sul. Naquela ocasião,
a empresa afirmou que 1.100
trabalhadores dessas unidades
seriam demitidos.
Lula disse que o BNDES estuda a possibilidade de ajuda
aos frigoríficos. "O BNDES está
estudando qual a possibilidade
que a gente tem de ajudar os frigoríficos a voltar a funcionar e
também a colocar os frigoríficos na legalidade", disse.
"Sanear"
"Porque tinha muitos frigoríficos na ilegalidade, não pagavam impostos, muitas vezes exploravam muitos criadores de
gado. Na hora de vender o produto, os frigoríficos pagavam
muito pouco para eles, não tiravam nota fiscal. Então, já que
houve a crise na área de frigoríficos, nós temos que aproveitar
[para] sanear isso e fazer com
que as coisas funcionem com
melhor qualidade", afirmou.
Dados da balança comercial
do agronegócio, divulgados pelo Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento,
mostram que a crise afetou duramente o mercado de carnes
para exportação no país.
De janeiro a maio deste ano, a
receita das exportações do segmento ficou em US$ 4,41 bilhões -ante US$ 5,65 bilhões
no mesmo período em 2008,
queda de 21%.
No caso das carnes "in natura", a queda foi ainda mais expressiva. Chegou a 32,1%.
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