São Paulo, terça-feira, 20 de julho de 2004

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O VAIVÉM DAS COMMODITIES

Segunda semana de queda
Os preços dos produtos agrícolas pagos aos produtores paulistas voltaram a cair pela segunda semana consecutiva. Segundo pesquisa do IEA (Instituto de Economia Agrícola), os preços recuaram, em média, 1,62% nos últimos 30 dias. Na semana passada, o indicador havia apontado queda média de 1,99%.

Frutas e grãos
Segundo Nelson Batista Martin, do IEA, os preços continuam caindo devido à redução dos produtos de origem vegetal e das cotações internacionais das commodities. Os produtos de origem vegetal tiveram queda de 3,13%, puxados pela retração das frutas (-18%) e dos grãos (-12%).

Café tem a maior baixa
Dos 19 produtos analisados pelo IEA, 11 tiveram queda de preço, 7 apresentaram aumento e 1 ficou estável. As maiores retrações foram a do café (-20,99%) e a da laranja (-19,54%). Entre os aumentos, o destaque foi a batata, com alta de 35%.

Balanço sucroalcooleiro
Os contatos firmados durante o Simtec 2004 (simpósio da agroindústria sucroalcooleira) deverão gerar negócios de R$ 1,5 bilhão para a região de Piracicaba nos próximos quatro anos, superando a expectativa inicial dos organizadores de R$ 1 bilhão.

Feijão no Nordeste
A unidade Agrobiologia da Embrapa obteve licença provisória para comercializar uma bactéria altamente resistente a temperaturas elevadas e a deficiência de água que poderá aumentar em cerca de 50% a produtividade de feijão no Nordeste.

Suíno aumenta no Sul...
A agroindústria do Sul do país definiu ontem novo reajuste nos preços do suíno para seus integrados. Segundo informações da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos), o preço do suíno em Santa Catarina subiu R$ 0,05 por quilo.

...e pode ter impacto em SP
Desde ontem, os produtores do Sul estão recebendo pelo suíno R$ 2,10 por quilo mais bonificação pelo rendimento de carcaça. Para a APCS, esse fato deve alterar os preços nas praças de São Paulo e Minas Gerais.

Trânsito no porto
Sacas de café prestes a serem embarcadas ficam até um mês paradas no porto de Santos. O excesso de demanda, que chega a 15%, acarretou em aumento nos preços do frete e em uma disputa acirrada por contêineres.

Risco nos embarques
Na avaliação do CeCafé (Conselho dos Exportadores de Café do Brasil), a situação no porto de Santos tende a se agravar nos próximos meses -quando, historicamente, os negócios com o produto são mais intensos.

Ração mais cara
O setor de rações deve aumentar os preços em 10% caso o Executivo vete um artigo de um novo projeto de lei, já aprovado pelo Congresso, que prevê isenção de PIS/Cofins para insumos agropecuários, segundo o Sindirações. A medida teria impacto no preço da cesta básica, que seria pressionada pelo aumento de ovos e leite.

E-mail: akianek@folhasp.com.br

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