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Mercado Aberto
GUILHERME BARROS - guilherme.barros@uol.com.br
Setubal vê consistência na decisão do BC
Muito mais importante do
que a decisão de curto prazo do
Banco Central sobre juros é a
consistência da política monetária. O maior problema será se
o Banco Central errar a mão no
manejo da política monetária e
elevar a inflação.
A opinião é do presidente do
banco Itaú, Roberto Setubal, ao
comentar a decisão apertada do
Copom, na quarta-feira, por
apenas quatro votos a três, de
cortar meio ponto na Selic. A
leitura geral foi de que o BC reduzirá o ritmo do corte do juro.
Segundo Setubal, no passado
recente, o país já viveu essa experiência de o Banco Central
ter de frear o processo de queda
de juros por ter errado no manejo da política monetária. A
inflação voltou e o Banco Central acabou sendo obrigado a
promover um pequeno aumento de juros.
"O ideal é sempre manter de
forma consistente a política
monetária para não obrigar o
Banco Central a voltar atrás. A
volatilidade é sempre ruim para a economia", diz.
Para Setubal, o mais importante é que a tendência de queda do juro não foi alterada. O
Banco Central, na sua opinião,
vai manter o processo de redução do juro nos próximos meses. "O Brasil caminha para
uma situação de normalidade
financeira e deverá ter, em alguns anos, taxas de juros nos
padrões mundiais", afirma.
Setubal diz que o Brasil se
preocupa demais com o juro de
curto prazo, quando muito
mais importante do que a Selic
são as taxas de médio e longo
prazos. São elas que determinam as decisões de investimentos na economia, e as taxas no
mercado futuro são hoje menores do que a Selic. "A curva está
invertida."
De acordo com Setubal, os
bancos privados brasileiros estão prontos para lidar com
qualquer condição que o mercado determinar. Segundo ele,
o banco é um intermediário de
operações e não depende da taxa de juro para auferir seus lucros.
"A idéia de que existe uma relação entre juro e rentabilidade
do banco é absolutamente
equivocada", afirma Setubal.
"O mundo mostra isso. Os
grandes bancos internacionais
possuem uma rentabilidade alta com juro baixo."
Setubal vê, hoje, um quadro
bastante positivo para a economia. Apesar desse cenário otimista, ele diz que o Brasil tem
um grande desafio pela frente
para conseguir crescer acima
de 4% a 5% -aumentar os investimentos voltados para infra-estrutura.
Para isso, ele acha que o governo precisa propiciar condições para o aumento dos investimentos nessa área, dando ênfase às questões regulatória e
melhorando a gestão nas diversas áreas ligadas à infra-estrutura, tanto na definição de prioridades como na rapidez na tomada das decisões.
"O Brasil caminha
para uma situação de
normalidade financeira
e deverá ter, em alguns
anos, taxas de juros nos
padrões mundiais"
"Os grandes bancos
internacionais
possuem uma
rentabilidade alta com
juro baixo"
ROBERTO SETUBAL
presidente do Itaú
CHAMADA FASHION
Depois do jeans orgânico e da calça especial para usuários de iPod, a Levi's foca em celulares. A marca deve por nas suas principais lojas, até o fim do ano, o aparelho The
Original, que tem diferenciações para homens e mulheres,
como o visor espelhado no modelo feminino. "A Levi's explora o segmento da inovação", diz Tânia Alves, country manager da Levi's. O celular da marca será lançado em
setembro na Europa. A grife tem 74 lojas no país e está
em 600 multimarcas. Ainda em setembro, no Brasil, a Levi's lança também sua linha de tênis urbanos, que serão
vendidos nas unidades da rede, em multimarcas e em especializadas em calçados.
ELEVADOR
A São Carlos comprou
mais cinco andares do Eldorado Business Tower, em
São Paulo. A empresa passa
a ter 19 dos 33 andares do
edifício, que foi pré-certificado como "Green Building"
(edifício ecológico) pela certificadora US Green Building Council.
IMOBILIÁRIO
A Gafisa vai ampliar as
parcerias com empresas do
mercado imobiliário de Estados fora do eixo Rio-São
Paulo para a FIT Residencial. Em março, a FIT assinou parceria com a Caixa
para o financiamento de até
6.000 unidades.
VIZINHANÇA
O Ipemic (Índice Periódico de Mora e Inadimplência
Condominial), medido pela
Associação das Administradoras de Bens Imóveis e
Condomínios, continua em
queda ante 2006. Em maio
deste ano, o índice de mora
condominial ficou em
9,84%, com queda de 3,72%
na comparação com o mesmo mês de 2006.
MBA
A MBS (Manchester Business School) acaba de fechar parceria com a FGV
On-Line para um MBA de finanças à distância. O curso
será supervisionado pelas
duas instituições e o diploma também será de ambas.
PAN PARA PRESENTE
Assistir ao Pan no Rio virou prêmio para profissionais de grandes empresas. O
dado é da Top Service Incentive Travel Conventions, de
viagens de incentivo, que leva à cidade, na próxima semana, cem contemplados.
DE PAPEL
As exportações de cadernos brasileiros caíram nos
quatro primeiros meses do
ano. Foram de US$ 20,3 milhões, ante US$ 24,6 milhões no mesmo período de
2006. As importações subiram 87,6%, passando para
US$ 613 mil, segundo a Abigraf (da indústria gráfica).
CANUDO
A Norsa/Coca-Cola -responsável pela fabricação e
distribuição dos produtos
Coca-Cola na Bahia, Ceará,
Piauí e Rio Grande do Norte- investirá em fábricas na
Bahia. A empresa implementará novas linhas de
produção nas fábricas de Simões Filho e Vitória da Conquista. O investimento será
de cerca de R$ 5,2 milhões.
VELOCIDADE
O Unibanco fechou parceria com o Instituto Ayrton
Senna e será o patrocinador
da quarta edição da Ayrton
Senna Racing Day, maratona de revezamento, que
ocorrerá no dia 28 de outubro, no Autódromo de Interlagos, em São Paulo.
LIGAÇÃO
A Claro passou, em junho,
a Tim na Grande São Paulo,
segundo os últimos dados da
Anatel. Ela foi a operadora
que mais conquistou mercado no primeiro semestre.
ALCOÓLICOS
As feiras de bebidas Expovinis Brasil, Brasil Cachaça e
Epicure ocorrerão entre os
dias 28 e 30 de abril de 2008
no Transamérica Expo Center, em São Paulo.
com ISABELLE MOREIRA LIMA e JOANA CUNHA
multimídia
Escova progressiva vira febre nos EUA
Depois do frisson causado
pela "brazilian waxing" (depilação brasileira) e pelas
manicures nacionais, é a vez
de a escova progressiva conquistar a América. Quem decreta a nova moda é o "New
York Times", que publicou
reportagem sobre a técnica
em seu suplemento de estilo
desta semana.
Por ser amplamente divulgada e usada no Brasil, nos
EUA, recebe o nome de "brazilian keratin" (queratina
brasileira).
A procura pela técnica
cresceu muito nos últimos
seis meses. No salão nuBest,
de Nova York, foram realizados 500 procedimentos, desde fevereiro, em clientes com
idade entre 12 e 70 anos.
Os preços da escova progressiva, em um salão como o
nuBest, variam entre US$
150 e US$ 600, dependendo
da quantidade e do comprimento do cabelo.
Um dos motivos para a febre é o fato de a técnica ser
considerada, nos EUA, uma
das mais seguras e saudáveis.
Os riscos -de intoxicação
e até câncer, entre outros-
são conhecidos nos EUA.
Mas o FDA (Food and Drug
Administration) não proíbe
o uso de nenhum item de sua
composição.
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