São Paulo, sexta-feira, 20 de julho de 2007

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ENERGIA

Apenas quatro usinas a gás natural participam de leilão

DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA

Trinta e três usinas hidrelétricas e térmicas participarão do leilão de energia de novos empreendimentos no próximo dia 26. De acordo com lista divulgada ontem pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), serão apenas três hidrelétricas e 30 termelétricas. Destas, somente quatro usinas são a gás natural, apesar dos esforços do governo, que adiou duas vezes o leilão para atrair mais empreendimentos.
Participarão ainda cinco usinas de biomassa (bagaço de cana) e 21 de óleo diesel -mais caras e mais poluentes do que as demais. As empresas que venderem energia no leilão terão três anos para construir as usinas. O preço de referência para as hidrelétricas ficou em R$ 124 por MWh (megawatt-hora) e, para as térmicas, em R$ 140. As primeiras assinarão contratos por 30 anos, e as termelétricas, pelo período de 15 anos.
Desde que a Aneel editou regra que prevê multa às termelétricas que não gerarem energia no momento em que forem acionadas, as usinas ameaçavam não participar do leilão. Elas alegam que não têm garantia da Petrobras de que terão o gás e, portanto, não teriam como arcar com os riscos sozinhas. A multa para as térmicas pode chegar a R$ 515 por MWh.
O governo adiou o leilão na esperança de que, com a aprovação de uma nova regra pela Aneel, na semana passada, as térmicas se animassem a participar da licitação. A regra flexibiliza a geração termelétrica e diminui as chances de multa.
Pela nova norma, as usinas poderão gerar energia a qualquer hora, e não apenas quando acionadas pelo ONS (Operador Nacional do Sistema), como acontece atualmente. Assim, as térmicas poderão aproveitar um momento em que têm gás disponível para criar uma espécie de "crédito virtual" de energia. Se, quando for acionada pelo ONS a usina não tiver gás, ela recorre ao crédito e fica livre da multa.


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