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ENERGIA
Apenas quatro usinas a gás natural participam de leilão
DA FOLHA ONLINE, EM BRASÍLIA
Trinta e três usinas hidrelétricas e térmicas participarão do leilão de energia de
novos empreendimentos no
próximo dia 26. De acordo
com lista divulgada ontem
pela Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), serão apenas três hidrelétricas
e 30 termelétricas. Destas,
somente quatro usinas são a
gás natural, apesar dos esforços do governo, que adiou
duas vezes o leilão para atrair
mais empreendimentos.
Participarão ainda cinco
usinas de biomassa (bagaço
de cana) e 21 de óleo diesel
-mais caras e mais poluentes do que as demais. As empresas que venderem energia no leilão terão três anos
para construir as usinas. O
preço de referência para as
hidrelétricas ficou em R$ 124
por MWh (megawatt-hora)
e, para as térmicas, em R$
140. As primeiras assinarão
contratos por 30 anos, e as
termelétricas, pelo período
de 15 anos.
Desde que a Aneel editou
regra que prevê multa às termelétricas que não gerarem
energia no momento em que
forem acionadas, as usinas
ameaçavam não participar
do leilão. Elas alegam que
não têm garantia da Petrobras de que terão o gás e, portanto, não teriam como arcar
com os riscos sozinhas. A
multa para as térmicas pode
chegar a R$ 515 por MWh.
O governo adiou o leilão na
esperança de que, com a
aprovação de uma nova regra
pela Aneel, na semana passada, as térmicas se animassem
a participar da licitação. A regra flexibiliza a geração termelétrica e diminui as chances de multa.
Pela nova norma, as usinas
poderão gerar energia a qualquer hora, e não apenas
quando acionadas pelo ONS
(Operador Nacional do Sistema), como acontece atualmente. Assim, as térmicas
poderão aproveitar um momento em que têm gás disponível para criar uma espécie
de "crédito virtual" de energia. Se, quando for acionada
pelo ONS a usina não tiver
gás, ela recorre ao crédito e
fica livre da multa.
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