São Paulo, sexta-feira, 20 de agosto de 2004

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Ocean Air pede locais da Transbrasil

ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA

O proprietário da empresa Ocean Air, German Efromovich, aproveitou a intensa discussão sobre o setor aéreo para apresentar ao governo federal proposta de ampliação de uma empresa de transporte de cargas herdando os terminais da Transbrasil, que deixou de operar no final de 2001. O governo, porém, resiste à idéia.
A Ocean Air é líder no transporte regional de passageiros, e a intenção de Efromovich, que é originalmente do grupo Marítima (de plataformas), é ampliar o negócio para cargas. A Transbrasil tinha, por exemplo, o maior terminal de cargas do aeroporto de Guarulhos.
Com a falência, o governo cassou a concessão de uso dos terminais de carga e também dos hangares da Transbrasil -e ela tinha bons hangares em alguns dos principais aeroportos do país, como São Paulo e Brasília.
Toda essa estrutura, porém, continua intacta, sobrevivendo a uma queda-de-braço entre os antigos donos da Transbrasil e setores do governo.
A expectativa do mercado é que os hangares e os terminais de carga sejam licitados, e tanto a Gol quanto a Variglog e a Vaspex (os braços de cargas da Varig e da Vasp, respectivamente) já se habilitaram informalmente.
A Ocean Air, que herdou importantes linhas regionais da Rio-Sul, depois que essa empresa foi anexada à Varig, está expandindo negócios em duas direções: tanto para o setor de cargas quanto para a América Latina. Já comprou a Avianca, da Colômbia.
O Ministério da Defesa e a Infraero, a quem Efromovich encaminhou a proposta, estão reticentes em aceitá-la. Argumentam que, ao falir, a Transbrasil deixou débitos em diferentes áreas: governo, dívidas trabalhistas e passagens não honradas de clientes. Não é possível dar um destino ao espólio sem definir responsabilidades, créditos e débitos.


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