DA FOLHA ONLINE

O fim da pressão dos combustíveis e a continuidade da redução no ritmo de alta dos produtos agrícolas no atacado fizeram o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado) desacelerar para 0,62% na segunda prévia deste mês (menor taxa para o período desde fevereiro). Na primeira prévia de julho o índice havia sido de 1,11%.
Com o resultado da segunda prévia do mês, o coordenador de análises econômicas da FGV (Fundação Getúlio Vargas), Salomão Quadros, acredita que a taxa do mês ficará abaixo de 1%.
A inflação no atacado, medida pelo IPA (Índice de Preços por Atacado), ficou em 0,60%, menos da metade da registrada em igual período de julho, que foi de 1,11%.
Apesar de aumentos significativos em alguns alimentos "in natura", os preços dos produtos agrícolas apontaram estabilidade no atacado, depois de registrarem alta de 0,62%. O tomate, por exemplo, subiu 62,05%.
Quadros avalia que a maioria dos produtos agrícolas ainda mostra desaceleração ou retração de preço. As lavouras para exportação, que incluem soja e café, tiveram queda de 10,01% no período. Cereais e grãos, que estão em época de safra, caíram 4,94%.
Houve redução ainda na taxa dos produtos industriais, de 1,52% para 0,82%, reflexo da menor pressão da gasolina. A variação dos combustíveis e lubrificantes passou de 4,63% para 0,14%.
No varejo, houve pequena redução na inflação. O IPC (Índice de Preços ao Consumidor) caiu de 0,65% para 0,60%. Transportes reduziu a taxa de 1,92% para 0,66%, enquanto habitação subiu de 0,70% para 0,78% devido aos reajustes de telefonia e energia.


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