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Lula e ministros discutem a turbulência em reunião hoje
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, dirá hoje ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva,
na reunião de coordenação de
governo, que no momento não
há necessidade de o país tomar
medidas emergenciais diante
da crise no mercado financeiro
internacional.
Mantega, que fará uma exposição sobre os efeitos das turbulências no Brasil ao presidente e ministros que integram
a coordenação de governo, não
descarta, porém, a necessidade
de adotar medidas na hipótese
de a chamada economia real ser
atingida.
De acordo com o ministro, a
preocupação da equipe econômica é evitar que uma piora da
crise venha a comprometer o
crescimento da economia no
próximo ano, cuja previsão oficial é de 5% do PIB (Produto
Interno Bruto).
Para este ano, o Ministério da
Fazenda acredita que o crescimento não vá ser muito afetado, devendo ficar próximo de
5%. A projeção do Banco Central é que atinja 4,7%.
Dentro do governo, o receituário para administrar um
agravamento das turbulências
passa por um aperto nas políticas fiscal e monetária.
No caso do superávit primário, os técnicos avaliam que
basta seguir o ritmo atual de liberações de recursos do Orçamento, que deve garantir uma
economia para pagar juros acima de 3,8% do PIB. Ou seja, nada de acelerar o gasto de dinheiro público.
Na política monetária, a expectativa é quanto à próxima
reunião do Copom, órgão do
Banco Central que define as taxas de juros, no início de setembro. Há uma tendência de,
mantido o cenário econômico
atual, o BC reduzir o ritmo de
queda dos juros -de 0,50 ponto percentual para 0,25 ponto.
Hoje, a taxa está em 11,5%.
CPMF
O governo enxerga pelo menos um ponto positivo na crise
dos mercados financeiros internacionais. Deve facilitar as
negociações para aprovar a
prorrogação da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira), o chamado imposto do cheque, do
jeito que o presidente Lula deseja -sem redução de alíquota
e sem partilhar recursos com
Estados e municípios.
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