DE GENEBRA

Os preços ao produtor na Alemanha, principal economia da Europa, registraram sua maior queda, no mês passado, desde que o índice passou a ser compilado, no pós-Guerra. O recuo de 7,6% sobre julho de 2008 foi puxado sobretudo pela retração no preço do petróleo e, consequentemente, da energia.
Com isso, os custos ao produtor acabaram voltando ao mesmo patamar de maio de 2007 -eles já haviam encolhido 4,6% em junho. Na comparação mês a mês, o recuo foi de 1,5%.
A queda ficou acima do esperado por analistas ouvidos pelas agências Bloomberg e Reuters e se distancia da retração de 0,5% nos preços ao consumidor, o que alimenta temores de deflação e maior retração no consumo. Nem o Banco Central Europeu nem analistas, contudo, esperam que a tendência perdure.
Os números refletem a desaceleração da produção, que começa a se reverter -após ter anunciado que saíra da recessão e avançara 0,3% no segundo trimestre, a Alemanha também informou um superávit comercial de 46,3 bilhões até maio.
Mesmo assim, não faltam alertas de que a incipiente recuperação econômica pode ser ainda frágil demais.
Dados preliminares divulgados ontem pelo Eurostat, birô estatístico da União Europeia, mostram que a construção civil mantém a trajetória de queda iniciada há mais de um ano.
O setor retrocedeu 3,3% no bloco de 27 países em junho na comparação com o mês anterior.
(LUCIANA COELHO)

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